A exposição "Dissecação", a primeira individual do artista português Alexandre Farto, que assina como Vhils, patente desde 05 de julho na Central Tejo-Museu da Eletricidade, em Lisboa, já foi visitada por "mais de 16.500 pessoas", informou a Fundação EDP.
Em comunicado divulgado um mês após a abertura da mostra, a Fundação que gere o espaço da antiga central termoelétrica, realça que esta "é a primeira exposição individual de Vhils num Museu, e a mais extensa mostra da sua carreira até hoje".
Alexandre Farto, de 27 anos, começou por pintar paredes com "graffiti" aos 13 anos. Esta exposição, como explicou à Lusa durante a fase de montagem, "tenta questionar a cidade", através da revisitação de trabalhos mais antigos e de outros inéditos.
Foi a escavar muros com retratos, que este jovem português captou a atenção do mundo. A técnica consiste em criar imagens, em paredes ou murais, através da remoção de camadas de materiais de construção, criando uma imagem em negativo.
Na mostra podem também ser visionados vídeos de projetos que Alexandre Farto desenvolveu em países como a China (em Xangai) e o Brasil (no Morro da Providência, no Rio de Janeiro), recorrendo à técnica da "escavação" de retratos na parede, mas não só.
Ao longo do seu percurso, Vhils criou retratos em cartazes sobrepostos (retirados de muros de cidades), em madeira, em esferovite e em metal, com ajuda de, entre outros, martelos pneumáticos, explosões e ácidos.
Alexandre Farto, como afirmou à Lusa, pretende que "Dissecação" dê origem a uma "reflexão sobre a cidade, a maneira como está a crescer e a maneira como afeta a sociedade em geral".
A exposição, de entrada gratuita, estará patente naquele museu, em Belém, até 05 de outubro.