Festival de Música do Estoril Lisboa abre sexta-feira com 23 concertos previstos

O Festival de Música do Estoril, à 39.ª edição, inclui Lisboa na denominação, evidenciando o peso da capital neste evento que se realiza desde 1975 e que integra um concurso de interpretação e um encontro de compositores.
O Festival, a exemplo da edição anterior, abre em Lisboa, na sexta-feira, coincidindo com a abertura do Festival Ao Largo, em frente ao Teatro Nacional de S. Carlos, com um concerto sinfónico que conta com a participação, como solistas de quatro dos vencedores do Prémio de Interpretação Estoril/El Corte Inglés.
Todos os concertos, “masterclasses”, encontro de compositores, cursos internacionais de música e o 15.º concurso de interpretação, realizam-se em Lisboa, sendo o principal cenário o Palácio Foz, embora haja atividades e concertos previstos para a Escola Superior de Música, a Universidade Nova e a Sé Catedral.
Em comunicado, a organização do Festival afirma que 2013 é um ano de “mudança” em que se “recomeça um caminho assente em quatro pilares: renovação, dimensão, património e turismo”.
“Em tempo de crise profunda, a renovação é o início da renascença”, sendo o regresso a Lisboa possível “graças à visão e apoio institucional da sua autarquia, à parceria com o Gabinete para os Meios de Comunicação Social” e aos patrocínios, nomeadamente da Share Foundation.
O Festival que se prolonga até 30 de julho tem agendado 23 concertos, a 49.ª edição dos cursos internacionais de música com António Saiote (clarinete), Fábio Zanon (guitarra clássica), Pedro Carneiro (percussão), António Rosado (piano) e Yvonne Minton (canto), uma conferência por Emílio Calandin, “A Sagração da Primavera”, celebrando o centenário da estreia da obra, um encontro de compositores e um “festival jovem”.
As “masterclasses” de Naseer Shamma, sobre música árabe, de violino, por Liviu Prunaru, e de violoncelo, por Pablo de Naverán, são outras iniciativas do programa.
O Festival abre com a Gala de Premiados do Concurso de Interpretação do Estoril, na sexta-feira, às 22:00, com a Orquestra Sinfónica Portuguesa, dirigida por João Paulo Santos, sendo solistas a soprano Cristiana Oliveira, o barítono Luís Rodrigues, a clarinetista Iva Barbosa e o acordeonista Gonçalo Pescada.
Do programa do concerto, que é repetido no sábado, à mesma hora e no mesmo local, constam peças de Giuseppe Verdi, Claude Debussy, Gaetano Donizetti, Astor Piazzolla, Nino Rota, Richard Wagner e John Williams.
A série de concertos no Palácio Foz começa no dia 05 de julho, com o quarteto vocal Ensemble Fleder, que estreia em Portugal “The Blue Willow”, de Xu Jinqiang, um conto tradicional chinês sobre a criação da cerâmica azul e branca com projeção de vídeo, recital em coprodução com o Festival Cistermúsica de Alcobaça.
No dia 09, o recital “In Memoriam de José Oliveira Lopes”, pelo pianista Adriano Jordão e o barítono José d’Eça, apresenta peças de Debussy, Schumann e de Bach transcritas por Liszt. No dia 11, na Sé, às 21:30, o organista Gabriele Terrone interpreta peça de Johannes S. Bach, Jean Alain e Girolamo Frescobaldi.
Do cartaz do festival consta ainda o Quarteto Verazim, o violinista Pedro Meireles, o oboísta Pedro Ribeiro, o violoncelista Martin Henneken, a pianista Luísa Tender e o Sonor Ensemble.
O 15.º Concurso de Interpretação realiza-se nos dias 19 e 20 de julho, na Escola Superior Música de Lisboa, e a final está agendada para o dia 21, na sala dos espelhos do Palácio Foz.