Festival transdisciplinar Periferias começa quinta-feira em Sintra

A inauguração, nesta quinta-feira, de uma exposição na Vila Alda, em Sintra, abre a segunda edição do Festival Periferias, um certame transdisciplinar organizado pela associação Chão de Oliva.
O Festival, cujo diretor artístico é João de Mello Alvim, estará em cartaz na vila de Sintra até 17 de março, e o seu programa integra grupos e criadores nacionais e dos países de língua portuguesa, nomeadamente Moçambique, Brasil e Guiné-Bissau, e também o criador belga Paul Timmermans, que faz parte da equipa do Museu da Marioneta de Macau, a inaugurar em breve.
Timmermans encerra o Festival, no dia 17, no Palácio de Monserrate, acompanhando, ao piano, Isabel Moreira, num programa intitulado “Jardim, testemunha de amor”, que inclui, entre outras, peças dos compositores Gabriel Fauré e Maurice Ravel.
De Portugal, participam grupos de Águeda, Alcobaça, Montemor-o-Novo, Vila Franca de Xira e Almada, além do Chão de Oliva de Sintra.
No dia 07, a programação de palco abre com “A Cavaqueira do Poste”, de Sérgio Mabombo, com encenação de Elliot Alex, na casa do Teatro, em Sintra, pelo grupo moçambicano Teatro Lareira.
Segundo nota do Chão de Oliva, “este foi o espetáculo mais votado pelo público, na primeira edição do Periferias”. Constituem o elenco Sérgio Mabombo e Diaz Santana.
No dia seguinte, também na casa do Teatro, vai estar em cartaz o espetáculo de marionetas pelo Alma D’Arame, de Montemor-o-Novo, “O Funâmbulo”.
“De caráter experimental, este trabalho pretende fazer uma ligação entre dois universos, bem distintos: o do teatro de objetos e o de marionetas, com o universo da música experimental electro-acústica”, esclarece o Chão de Oliva.
Fernando Jorge Lopes concebeu e interpreta “Salamaleques”, uma produção do Teatro Extremo, de Almada. Trata-se de uma peça com base nos contos populares “A Lenda das Amendoeiras em Flor” e “A Lenda do Ladrão da Vida e da Morte”.
Ricardo Falcão e Luís Fernandes são os “Mal-empregado”, uma peça de Rui Malheiro e Fernando Mota, que sobe ao palco da Casa Teatro na sexta-feira, uma produção da associação cultural D’Orfeu, de Águeda.
Até ao dia 17, subirão a cena 12 espetáculos, o mesmo número da edição anterior, e, além da Casa de Teatro, os outros cenários são a Vila Alda, na zona da Estefânia, onde a exposição de fotografais sobre o Festival fica patente até ao dia 25, e o palácio romântico, de estilo neoárabe, de Monserrate. 
Será neste palácio que se apresentará, entre outras, no dia 16, a peça “Exemplo de Bastião”, pela companhia brasileira Mamulengo sem Fronteiras, de São Paulo.
“Baseado na literatura de cordel, o Teatro de Mamulengo, onde a música surge como elemento condutor, entrelaçando um curioso enredo, Exemplos de Bastião é um espetáculo que conta a história de um Palhaço de Folia de reis, que se mete em várias confusões com a sua burrinha Relâmpago, o Padre Simão sem cuidado e o Capitão João Redondo bichos do além, para conquistar a maravilhosa Rosinha do Bole Bole”, explica nota da organização.