Francisco Sande e Castro vai dar volta ao mundo em duas rodas

Francisco Sande e Castro quer tornar-se no primeiro português a dar a volta ao mundo em duas rodas, numa viagem a iniciar na próxima sexta-feira. O ex-piloto, jornalista e empresário vai cumprir um projecto que idealizou há anos mas que só agora está em condições de concretizar. A bordo de uma Honda VFR 1200X Crosstourer (V4 de 127 cv), Sande e Castro vai percorrer 60 países de cinco continentes, num total de 80 mil quilómetros. “Sempre tive o desejo de fazer uma volta ao mundo numa moto, o que em Portugal é inédito. É um sonho com vários anos, que resulta também de uma enorme paixão que tenho pelas motos”, revela o ex-piloto, de 57 anos, recordando que a sua carreira começou, precisamente, em duas rodas: “Ando de moto desde miúdo. Até aos 16 anos caía uma vez por semana. Depois, ganhei juízo mas passei a correr de moto durante dez anos. Tive dois acidentes graves e decidi mudar para os carros. Mas, as motos são uma paixão”.

Para esta volta ao mundo que espera concretizar durante mais de um ano, admitindo interrupções no percurso para voltar a Portugal “de vez em quando”, Sande e Castro tem um orçamento de 60 mil euros. “Por isso, levo uma tenda para acampar, uma panela e um saco de arroz”, gracejou, revelando depois que a sua Honda já está equipada com um sistema de localização e SOS accionável via satélite e que irá munido de câmaras e de um computador para registar os melhores momentos da aventura, divulgando-os através do site da Honda.

Arranco sexta-feira em direcção a Barcelona, depois atravesso a Europa até à Turquia”. Depois segue-se o Irão, Azerbeijão, Paquistão, em direcção à Índia, e depois a Indonésia e Austrália. Japão, Estados Unidos e África serão os destinos que irão fechar o percurso desta viagem inédita para um português. “Vou com calma, espero fazer cerca de 400 km diários e vou evitar circular de noite por razões de segurança”, explicou durante uma conferência de imprensa realizada na sede da Honda Portugal, em Sintra.

O antigo piloto diz estar “consciente dos riscos” que vai enfrentar em alguns países, mas alude à sua experiência “em viagens fora do comum” e ao “gosto pela aventura” para resolver as situações mais delicadas.