Dos 200 mil euros que perfazem o Fundo de Emergência Social criado pela Câmara de Oeiras, já foram gastos cerca de 30 mil. “Infelizmente, acredito que esse dinheiro vai ser gasto muito depressa”, disse ao JR a vereadora da Acção Social, Cultura e Saúde, Elisabete Oliveira. À margem da apresentação da Carta Social, aquela responsável explicou que o gasto do montante referido ocorreu em pouco tempo devido ao fluxo de pedidos de apoios enquadráveis neste mecanismo.
“Começámos em Março, começaram a surgir propostas em Junho e já se gastaram 30 mil euros até ao final de Setembro”, salientou.
São “muitas e diversas carências” que surgem “todos os dias e cada vez mais”. Segundo a vereadora, entre as situações apreciadas contam-se casos de pessoas em risco de despejo ou de corte de serviços básicos como água, gás ou luz, mas também deslocações de crianças para escolas, de munícipes para hospitais, apoio em medicamentos não enquadráveis na comparticipação camarária já existente neste domínio.
A título de exemplo, Elisabete Oliveira revela que até casos de pagamento de IMI já assinou favoravelmente. “Considero que é tão grave ou mais não pagar o IMI porque o senhorio às vezes ainda perdoa a renda algum tempo, mas as Finanças é logo juros”, justifica.
Dado importante e com impacto no apoio social da autarquia é a constatação de que “a Segurança Social está a sinalizar-nos casos que ela própria deixou de ter verba para cobrir em termos de apoios”.
Seja como for, o recurso ao Fundo de Emergência, cujas provisões podem até ser aumentadas se necessário, é para continuar. “Porque se a pessoa for apoiada na renda, se calhar tem dinheiro para se alimentar em condições”, realça Elisabete Oliveira.
Jorge A. Ferreira