Furtos de cobre alastram em Oeiras

Fontes foram vandalizadas e estátuas não são poupadas.
O concelho de Oeiras não tem escapado às repetidas ondas de furto de cobre. O facto de ser um dos concelhos com maior número de obras de arte em espaço público torna-se um “atractivo” suplementar para quem se dedica a este tipo de “safra”. E nem as fontes escapam, o que obrigou a Câmara a inverter a estratégia que tinha previsto implementar de reduzir o tempo em que as mesmas estão a funcionar para poupar energia.
“As fontes do concelho estiveram paradas durante praticamente um ano – devido a sucessivos problemas que tivemos no concurso público para a sua limpeza e manutenção – e durante esse período elas foram alvo de vandalismo, com imensos furtos à procura de cobre em particular”, revelou ao JR Madalena Castro, vereadora responsável pelas Infra-Estruturas e Equipamentos Municipais, assim como dos Espaços Verdes, concluindo: “Não podemos deixá-las sem funcionar muito tempo porque poupa-se num lado, mas depois gasta-se imenso dinheiro a repor o que falta ou a reparar o que foi danificado”.
Além das fontes públicas, que são cerca de 20, muitos outros têm sido os alvos dos meliantes.
A estatuária, claro, não poderia passar incólume. Num concelho onde há cerca de três esculturas por quilómetro quadrado, também há, naturalmente, muito “trabalho” para este peculiar grupo de adeptos da reciclagem de materiais. Um dos exemplos mais flagrantes é o Parque dos Poetas que tem sido “visitado” com propósitos que nada têm a ver com a poesia e que resultam em ataques às estátuas ou às letras que os identificam.
“Temos a vigilância da Polícia Municipal, mas é um espaço grande e não podemos ter um polícia em cada canto do parque”, lamenta a vereadora.
De resto, os amigos do alheio não têm contemplações com a poesia como não têm com a religião. Uma das mais recentes vítimas foi o monumento escultórico de homenagem a Santo Agostinho e demais doutores da Igreja, situado no Parque Urbano de Miraflores. Caso para dizer que não há milagres…