Governo promete investir no complexo desportivo do Jamor

O secretário de Estado do Desporto revelou hoje que o governo vai investir 2,3 milhões de euros no complexo desportivo do Jamor em 2013 para "colmatar o estado de degradação" daquela zona herdado do governo anterior.
"Este governo está a colmatar o estado de degradação que foi deixado no Jamor... este ano 2,3 milhões de euros só para o Jamor. Quem nos dera a nós que fosse só para inovar, criar e dotar de melhores condições", acentuou Alexandre Mestre, no decorrer de uma audição na comissão de educação da Assembleia da República marcada por despiques com o seu antecessor no cargo, o agora deputado socialista Laurentino Dias.
A degradação das piscinas, "ao ponto de alguns altletas se terem lesionado", um "relvado completamente sobrecarregado" e um "contencioso com credores a reclamarem verbas por serviços prestados", foram alguns dos exemplos apontados.
Alexandre Meste deu o exemplo das "águas contaminadas" que obrigaram a um investimento de 184 mil euros, desde logo para a realização de análises, que no mandato do anterior governo "não se faziam". 
"O Jamor parece aquelas donas de casa que limpam tudo e depois metem tudo debaixo do tapete", ironizou o secretário de Estado, numa referência à situação herdada do anterior executivo.
Laurentino Dias, que já tinha entrado em discussão com o seu sucessor por causa das regalias dos funcionários e altos cargos da Movijovem, limitou-se a responder: "Penso que o Jamor que recebeu da minha tutela está, apesar de tudo, bem melhor do que eu recebi do meu antecessor [no governo], de que o sr. secretário de Estado era adjunto".
Quanto aos melhoramentos necessários à realização da final da Taça de Portugal de futebol no Estádio Nacional, Alexandre Mestre garantiu existir concertação com a Federação Portuguesa de Futebol (FPF), cabendo ao executivo aquilo que será definitivo e ao organismo aquilo que será apenas transitório.
"Todas as questões relativas ao Jamor têm sido objeto de concertação com a FPF. Toda a intervenção com carácter definitivo compete, em primeira instância, ao governo. Aquilo que se reporta a questões de natureza transitória, amovível e específica para a realização do evento é da responsabilidade da FPF", concluiu.