Grande susto e 33 feridos na Estação de Caxias

Grande susto e 33 feridos na Estação de Caxias

Centenas de pessoas juntaram-se na quarta-feira à tarde na estação de comboios de Caxias (concelho de Oeiras), momentos depois de se ter ouvido na zona um “grande estrondo”, provocado pela colisão de duas composições.

“Ouvi um grande estrondo e vi o comboio que estava parado na estação a andar para a frente”, contou à Lusa o dono de um quiosque situado ao lado da estação de Caxias, na Linha de Cascais.

Benjamin Correia garantiu que “nunca se tinha passado nada assim” naquele local, pelo menos desde que tem o quiosque, “há vinte e tal anos”.

O estrondo foi motivado, descobriu depois, pela colisão de dois comboios. Pelas 14:00, um comboio que tinha partido da estação do Cais do Sodré, em Lisboa, embateu noutro que estava parado na estação de Caxias.

A CP – Comboios de Portugal anunciou entretanto a abertura de um inquérito para apurar as causas do acidente.

Milocas Gomes vinha no segundo comboio, que tinha como destino Oeiras, e foi uma das 33 pessoas que ficaram feridas. Segundo o Instituto Nacional de Emergência Médica, dois dos feridos eram “moderados” e os restantes ligeiros.

Com um corte no lábio, que pressionava com uma compressa, saiu pelo próprio pé da carruagem e relatou aos jornalistas os momentos de “algum pânico”, com pessoas a caírem, que se seguiram a um “estrondo enorme”.

Cerca das 15:00 o aparato era ainda grande – na estação de Caxias estava cerca de uma centena de pessoas, entre bombeiros, médicos, polícias e funcionários da Refer e CP, além das vítimas e familiares. No local acabariam por estar 100 elementos das forças de socorro mobilizadas pela Protecção Civil.

As pessoas eram assistidas dentro das carruagens e a maioria saiu pelo seu próprio pé, com um ar visivelmente abalado.

De acordo com uma responsável do INEM presente no local, a operação durou cerca de duas horas.

Pelas 17:00, já os feridos tinham todos seguido para os hospitais, os técnicos da CP estavam a preparar a retirada das composições e a maioria dos jornalistas já tinha também saído do local, por onde passou o presidente da Câmara de Oeiras, Isaltino Morais.

Se a tarde começou com um “enorme estrondo”, após o balanço final, ouvia-se na estação que “felizmente tudo não passou de um grande susto”.