Greve dos funcionários da TST com cerca de 15% de adesão

A adesão à greve de 24 horas dos trabalhadores da Transportes Sul do Tejo (TST) era às 08:00 de cerca de 15%, adiantou à agência Lusa uma fonte daquela empresa de transportes.
   
Os trabalhadores da TST vão realizar hoje uma greve de 24 horas (entre as 03:00 de hoje e as 03:00 de quarta-feira) e um plenário para discutir a situação da empresa, que dizem estar a causar o seu empobrecimento.
 
Contactada pela agência Lusa, uma fonte da empresa disse que às 08:00 de hoje a adesão à greve era de cerca de 15%.
 
Por seu lado, João Saúde, da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans), remeteu para mais tarde dados concretos sobre a adesão à paralisação.
 
"É um pouco prematuro lançarmos alguns dados de adesão. Por isso, remeto mais informações para o final do plenário, para termos uma ideia mais concreta da situação. É preferível do que estar a lançar números", disse.
 
De acordo com João Saúde, o importante é que os trabalhadores adiram ao plenário para discutir a situação na empresa.
 
"O que interessa é que os trabalhadores adiram ao plenário. Não é a greve que está em causa. Isto é uma paralisação que foi convocada para que possam estar presentes no plenário e discutir os problemas", salientou.
 
João Saúde disse que os trabalhadores vão realizar um plenário hoje de manhã no Laranjeiro, em Almada.
 
A rodoviária Transportes Sul do Tejo desenvolve a sua atividade na península de Setúbal e serve os concelhos de Alcochete, Almada, Barreiro, Moita, Montijo, Palmela, Seixal, Sesimbra e Setúbal, incluindo ligações a Lisboa.
 
O sindicalista referiu que a empresa decidiu encerrar o processo de negociação coletiva, com uma atualização salarial de 1%, e explicou que os trabalhadores "estão a seguir a passos largos rumo ao salário mínimo".
 
"Foram três reuniões e não houve negociação nenhuma, avançaram com um ato de gestão de 1%. Os trabalhadores dos TST trabalham todos os dias e estão a empobrecer", explicou.
 
João Saúde espera que o plenário seja muito participado e reconheceu que isso provocará "fortes perturbações na circulação".
 
Segundo a mesma fonte, a empresa tem vindo a perder clientes, consecutivamente, nos últimos cinco anos, apresentando no último ano um resultado líquido negativo.