Sindicato e concessionária do Metro Sul do Tejo (MST) divergem sobre impacto da greve dos motoristas. Segundo o Sindicato Nacional dos Maquinistas dos Caminhos de Ferro Portugueses a greve está a ter uma “grande adesão”, mas fonte da empresa Metro Transportes do Sul garante que o serviço “está a funcionar normalmente”.
Para o sindicato a greve está a obrigar a “ajustes” nas escalas de funcionários e nos horários, enquanto a concessionária afirma à Lusa que esta “não está a afectar o normal funcionamento do serviço. Contudo o sindicalista António Medeiras, refere também à Lusa que “há supressão de comboios e a empresa teve de fazer reajustes na circulação e teve de recorrer a um maior número de trabalhadores porque os maquinistas têm de ser rendidos ao fim das oito horas de trabalho”.
Os maquinistas do MST iniciaram à meia-noite de segunda-feira uma greve de um mês às horas extraordinárias e aos feriados, para contestar o pagamento do trabalho suplementar e o subsídio de transporte, entre outros. “A empresa não quer pagar as horas extraordinárias segundo o que está estabelecido no Acordo de Empresa, mas sim de acordo com a Lei do Trabalho, que é penalizadora”, explica Emílio Pinto, do mesmo sindicato.
Além do pagamento das horas extraordinárias, os maquinistas contestam a falta de abertura da empresa para negociar o Acordo de Empresa, o actual subsídio de transporte e as condições de trabalho e segurança.