Um homem que lançou fogo ao interior do prédio onde residiam os pais da sua companheira, na Amadora, em outubro do ano passado, foi condenado a seis anos de prisão efetiva, indicou hoje a Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa (PGDL).
Numa nota publicada na sua página da internet, a PGDL explica que o arguido incendiou, na noite de 22 de outubro do ano passado, a casa onde viviam os sogros, a ex-companheira, que se tinha separado “por ser vítima de violência doméstica”, e um filho menor de ambos.
“O arguido, inconformado com a separação da companheira – que se refugiara na casa dos pais com um filho menor de ambos -, muniu-se de uma garrafa de gasolina e de uma peça de roupa, que rasgou em pedaços”, e deslocou-se ao prédio.
De seguida, conta a PGDL, o arguido encheu a roupa com gasolina, ateou-lhe fogo “e arremessou um dos pedaços para junto da porta da casa dos sogros” (onde se encontrava o filho menor) e outro pedaço de roupa “para cima de um ciclomotor estacionado no vão da escada”.
O ato do homem provocou um “incêndio de relevo que pôs em perigo a vida dos moradores dos diversos andares do prédio”, frisa a PGDL.
O incêndio foi extinto após a intervenção dos bombeiros.
O arguido foi condenado a dois anos e meio de cadeia pelo crime de violência doméstica, cinco anos de prisão pelo crime de incêndio e ano e meio pelo crime de danos, tendo o coletivo de juízes aplicado, em cúmulo jurídico, a pena única de seis anos de prisão.
O tribunal condenou ainda o arguido a pagar indemnizações pedidas por moradores do prédio e pela dona do ciclomotor incendiados.
O acórdão foi proferido na terça-feira pela 1ª Secção da Instância Central Criminal de Sintra, e ainda não transitou em julgado.
O homem encontra-se em prisão preventiva desde o dia seguinte aos factos.
A investigação esteve a cargo da Polícia Judiciária, sob a direção do Departamento de Investigação e Ação Penal da Amadora.