Hospital Garcia de Orta recusa que haja caos na urgência e fala em alarmismo

A administração do Garcia de Orta nega que se tenha vivido "caos na urgência" do hospital, considerando que "não se justifica o alarmismo que se está a criar" nos últimos dias quanto ao tempo de espera.

"Apesar do pico que ocorreu entre as 16 horas e as 21 horas [de sábado], em que a espera chegou a atingir um pouco mais de 7 horas, devido a um conjunto de situações graves, a situação nem de perto justifica que se fale em caos nas urgências", indica, em comunicado, a administração do hospital localizado em Almada, acrescentando que isso representa "diferenças obviamente abissais" face à informação divulgada nos últimos dias quer na comunicação social quer na sessão plenária da Assembleia da República.

A nota de imprensa refere mesmo que o tempo médio nas urgência, no sábado, nunca foi além de 1 hora e 10 minutos para os utentes a quem foi atribuída a cor laranja (considerados entre os mais graves) e 2 horas e 49 minutos para os de cor verde (menos graves), pelo que afirma que, apesar de poderem ocorrer picos de afluência à urgência, "não há qualquer motivo para alarme".

"A população utente do hospital pode estar tranquila e confiar no seu hospital, porque temos todas as condições para prestar um atendimento de qualidade", garante a administração do Garcia de Orta, que ainda assim aconselha os utentes a consultarem, em situações de menor gravidade, primeiro o médico de família antes de se dirigirem à urgência.

O Garcia de Orta diz ainda que tem vindo a tomar medidas para melhorar o serviço que presta aos utentes, destacando a contratação de médicos, o trabalho que está a desenvolver com os centros de saúde para que tenham uma consulta para doentes de menor gravidade que recorram à urgência e a criação de um hospital de dia polivalente, "que aumentará a capacidade de atendimento em cerca de 50 doentes por dia e que entrará em funcionamento durante o primeiro semestre deste ano".

O Hospital Garcia de Orta serve os cerca de 340 mil habitantes dos concelhos de Almada e Seixal, afirmando o comunicado que "em algumas valências a sua zona de influência extravasa largamente estes dois concelhos, estendendo-se a toda a Península de Setúbal".