O incêndio que deflagrou hoje no edifício da GNR, em Sintra, situado junto ao Palácio Nacional da Vila, obrigou à transferência de toda a estrutura do Núcleo de Investigação Criminal (NIC) ali instalado para o posto de Colares.
"O incêndio afetou parte do edifício, nomeadamente arrecadações/armazéns, a zona das refeições dos militares e a área onde funcionava a estrutura da investigação criminal, a qual já está a ser transferida para o posto da GNR de Colares. A nossa preocupação foi a de encontrarmos uma alternativa para que mantivéssemos a nossa atividade operacional", adiantou fonte oficial do Comando-geral da GNR à agência Lusa.
A mesma fonte frisou que "não foi afetada mais nenhuma área operacional", sublinhou que "ainda foi possível retirar e salvaguardar os computadores e os processos que se encontravam nas instalações [do NIC]", acrescentando, porém, que ainda está a ser feita "uma análise e uma avaliação" à questão dos documentos que se encontravam naquele local.
Quanto aos prejuízos e às causas prováveis do incêndio, que deflagrou perto das 13:00 e foi extinto cerca de 20 minutos depois, o comando geral da GNR referiu que, de momento, ainda não é possível avançar com respostas.
Em declarações à Lusa, feitas no local e logo após o início do incêndio, o presidente da câmara de Sintra disse que "ainda não se sabia muito bem as causas [do fogo] ", mas que se suspeitava que o mesmo teria sido provocado "por um curto-circuito".
Basílio Horta, que tem também a pasta da Proteção Civil, acrescentou que o incêndio destruiu parte da cobertura das instalações, além de outras zonas, não provocou vítimas, apenas danos patrimoniais no edifício, e que o Palácio Nacional nunca esteve em risco.
O autarca destacou ainda que "esta situação [incêndio] pode acelerar o processo de mudança dos militares da GNR destas instalações para um novo edifício, visto que este não reúne as condições necessárias, além de estar junto a um monumento como o Palácio Nacional e os riscos que daí advêm".
"A Câmara Municipal está disponível para, em conjunto com a GNR, encontrar novas instalações", frisou Basílio Horta.
As chamas foram de início combatidas pelos próprios militares, com extintores, mas a pronta intervenção dos bombeiros impediu o alastramento a outras dependências do quartel da GNR.
"Foi maior o susto do que outra coisa", comentou o comandante dos Bombeiros Voluntários de Sintra, Francisco Rosa, acrescentando que o palácio nunca esteve em risco.
Cristina Pais, responsável de segurança da Parques de Sintra-Monte da Lua, sociedade que gere o antigo Paço Real, confirmou que as chamas não tomaram dimensões para ameaçar o monumento. "Fizemos a evacuação do palácio, mas foi mais como precaução do que pelo perigo para os visitantes", disse.
Para o local foram mobilizados 27 bombeiros e sete viaturas das corporações de Sintra e São Pedro de Penaferrim. As operações contaram ainda com meios da GNR e do Serviço Municipal de Proteção Civil.
Fotos: Cortesia de João Branco