O presidente da Câmara de Oeiras, Isaltino Morais, acusou o Governo de ser "a verdadeira força de bloqueio" da actividade económica nacional e de tratar os autarcas como "delinquentes".
"A viagem que o Governo decidiu realizar, indo para além da 'troika', é hoje um garrote sobre toda a actividade económica nacional, sendo ele mesmo, o Governo da República, a verdadeira força de bloqueio da Nação", afirmou Isaltino Morais.
O presidente do executivo de Oeiras [IOMAF - Isaltino Oeiras Mais à Frente], que discursava na Assembleia Municipal no debate sobre o "Estado do Município", acusou ainda o Governo de tratar os autarcas como "párias" e "delinquentes".
O "reflexo da conjuntura económica do país, o licenciamento de novas actividades e a dinâmica empresarial corrente, mostram uma retracção significativa, na ordem dos 50 por cento, face a períodos homólogos em anos anteriores", sustentou.
Isaltino Morais disse ainda que os constrangimentos impostos pela Administração Central impedem o município de prosseguir com a construção de infraestruturas que considera fundamentais.
"Intervenções como a construção da terceira fase do Passeio Marítimo de Oeiras, cujo projecto foi concluído no primeiro semestre deste ano, ou os projectos dos novos edifícios municipais [Paços do Concelho e Serviços Técnicos], vêem o lançamento dos concursos adiados por força de restrições contabilísticas, desprezando o efeito económico que equipamentos desta natureza poderiam proporcionar", salientou o autarca.
Contudo, "apesar das dificuldades da crise e dos garrotes suplementares que nos foram oferecidos, o município que hoje retratamos é o exemplo da força do poder local e da capacidade de realização de uma comunidade", realçou.
Isaltino Morais lembrou a existência em Oeiras das "melhores escolas públicas do país", dos centros de saúde locais, do património cultural valioso e dos equipamentos que promovem a actividade desportiva.