“Uma cidade das duas margens” é uma das propostas do PS de Almada para desenvolver uma maior proximidade com Lisboa, e atrair mais oportunidades de crescimento. Um projecto do programa autárquico socialista que António Costa, presidente da Câmara de Lisboa, concorda que poderá dar maior sustentabilidade aos concelhos da Área Metropolitana de Lisboa (AML).
“Não podemos continuar a olhar para as verbas comunitárias unicamente na perspectiva de as dividir pelos vários concelhos. Têm de ser concebidos projectos de interesse comum, com relevância para todos os concelhos da AML”, afirma António Costa que relembra existirem dinheiros comunitários dedicados, “exclusivamente, ao desenvolvimento das cidades”.
O presidente da Câmara de Lisboa falava durante um jantar com os candidatos do PS aos órgãos municipais de Almada e cabeças de lista às juntas de freguesia. António Costa atravessou o Tejo e afirmou o seu apoio a Joaquim Barbosa na conquista da presidência da Câmara. “A vitória do PS em Almada irá permitir construir uma cidade sobre as duas margens”, disse.
António Costa defende que perante “este período difícil do país”, os concelhos têm de trabalhar “em conjunto para serem sustentáveis a nível social e económico e darem mais atenção às pessoas”.
Para Ana Catarina Mendes, candidata a presidente da Assembleia Municipal de Almada, a gestão autárquica vigente no concelho tem seguido outro caminho. “O poder autárquico em Almada mantém os mesmos erros e o mesmo paradigma desperdiçando uma maior proximidade com Lisboa”. E frisava: “Em vez de ouvir os cidadãos tem seguido uma política de subsídios para garantir apoios”.
Com isto “Almada tem sido colocada em segundo plano”, acrescentava Joaquim Barbosa. Por isso o candidato socialista garante que vai gerir a Câmara de Almada “em função das pessoas. Uma gestão de proximidade e sentido de serviço público”.
“É preciso inovar nas medidas de gestão da câmara, tanto a nível da rede social como da rede de educação”. E, “quando cresce o número de famílias com dificuldades económicas”, o candidato socialista alega que os concelhos não se podem isolar, e reforça a oportunidade de densificar o projecto “uma cidade das duas margens”, com Almada e Lisboa cooperantes no desenvolvimento.