Para a CDU de Almada, estas Autárquicas para além de elegerem os novos órgãos do poder local, são também um “julgamento das políticas nacionais” do actual Governo PSD / CDS. Joaquim Judas, candidato da coligação comunista à presidência da Câmara almadense, não aceita a redução do número de freguesias no concelho e garante que “continuaremos a lutar por um concelho com onze freguesias”. “Não podemos aceitar o ataque que tem sido feito ao poder local”.
Joaquim Judas falava durante a apresentação das linhas programáticas da candidatura da CDU ao município de Almada. Uma candidatura comprometida com uma gestão “a pensar nas pessoas”.
A força comunista que governa o concelho há 39 anos “fez de Almada um dos concelhos do país com maior índice de desenvolvimento”, afirma Joaquim Judas. “Só uma gestão rigorosa permitiu que, apesar da situação grave económica do país, fosse possível acrescentar obra” e manter as contas da Câmara em situação financeira “sustentável”.
Para o candidato da CDU este é o reflexo do trabalho desenvolvido pela actual presidente da câmara de Almada, a sua camarada Maria Emília de Sousa. Um trabalho que terá “continuidade”, promete.
Gestão de continuidade foi uma das expressões mais repetidas pelo candidato Joaquim Judas que durante a apresentação pública do programa da CDU dirigiu-se sempre à população como “almadenses”, a quem prometeu “mais solidariedade, mais justiça social, mais desenvolvimento e melhor ambiente”, isto com o trabalho de uma equipa “conhecedora da realidade de Almada”.
Mantendo a tónica do trabalho desenvolvido pelo actual executivo de Maria Emília de Sousa, Joaquim Judas garante que não vai deixar cair grandes projectos para Almada como o Arco Ribeirinho Sul, a reabilitação do Ginjal e pressionar o Governo para que não abandone o programa Polis para a Costa da Caparica.
A recuperação de zonas históricas das freguesias, apoio às instituições locais, estratégias para a educação, desporto, cultura, associam-se num programa eleitoral que destaca uma política direccionada para o emprego, apoio às famílias carenciadas, mais oportunidades para os jovens, dinamização do comércio local e desenvolvimento do sector do Turismo.
A habitação foi outras das medidas que o candidato da CDU sublinha no seu programa prometendo aplicar “uma taxa de IMI ajustada à realidade social”.
A apresentação das linhas programáticas da CDU, que decorreu no início da semana, contou com a presença de Francisco Lopes, membro do secretariado do PCP e deputado da Assembleia da República, assim como de José Manuel Maia, candidato à presidência da Assembleia Municipal de Almada e da mandatária Maria Emília de Sousa.
Maria Emília de Sousa, que começou a sua intervenção afirmando que “Almada não tem vergonha de estar ao lado da capital do país, porque construímos um concelho de qualidade onde semeámos e construímos o futuro”. Um concelho “com um projecto”, acrescentava: “onde se nasce com esperança, se cresce com condições e se envelhece com dignidade”.