Lareppe repete vitória no Rally de Portugal Histórico

 

Depois de uma etapa nocturna em plena serra de Sintra, Jose Lareppe/Joseph Lambert (Opel Kadett GTE de 1978) venceram a sétima edição do Rally de Portugal Histórico, numa clara manifestação de superioridade face às restantes 78 equipas que participaram na prova e que se foi concretizando a partir da segunda etapa.
Lareppe, que foi o primeiro piloto a bisar no palmarés da competição, ascendeu à liderança na primeira chegada a Viseu e a partir daí nunca mais deixou de imprimir uma regularidade impressionante, demonstrando uma vez mais tratar-se de um maiores especialistas europeus neste tipo de competição.
Para o piloto belga, «este é claramente o melhor rali de regularidade da Europa. Ganhei duas vezes Monte Carlo, mas em nada se compara com Portugal. Este ano comecei mal, no primeiro dia tive problemas de motor que me atrasaram, mas consegui descobrir a causa e depois foi sempre rolar. Cheguei ao primeiro lugar antes do que queria, pois preferia tê-lo feito mais tarde. Depois, acabou por ser muito duro, pois fazer tantos quilómetros com tanta concentração e com tanta navegação exige muito dos dois elementos da equipa.»
Na segunda posição terminou outro piloto belga, Daniel Reuter, aos comandos de um Porsche 914/6 de 1970 que, depois de ter sido quarto na edição do ano passado, conseguiu agora o seu melhor resultado de sempre entre nós. Reuter esteve sempre atento a um deslize de Lareppe para poder aspirar à vitória, mas isso não viria a suceder, pelo que o segundo lugar acabou por ser um justo prémio para uma atuação quase isenta de erros.
A fechar os lugares do pódio ficou o espanhol Jose Otegui, em Audi quattro de 1981, que beneficiou dos problemas que afetaram na última fase da prova o seu compatriota Marcos Adan (Porsche 911 T de 1969) e o belga Johnny Delhez (Ford Escort de 1976).
João Mexia Leitão (Porsche 911 de 1973) acabou por ser o melhor piloto nacional numa edição que voltou a ser dominada pelos estrangeiros, terminando na quarta posição da geral, mas é caso para dizer que, com um pouco mais de sorte, os nossos representantes poderiam ter ocupado posições bem mais cimeiras, como aconteceu com o próprio Leitão e Cipriano Antunes (Audi quattro de 1981)