Linha de Cascais continua condicionada duas horas depois de descarrilamentos
O comboio que descarrilou junto à estação de Algés hoje de manhã continuava a condicionar a circulação ferroviária na linha de Cascais cerca de duas horas depois do acidente.
José Carlos, trabalhador da REFER, disse à agência Lusa não ter sentido o descarrilamento, do qual só se apercebeu quando saiu do comboio.
“As pessoas foram saindo pelo próprio pé e apoiaram-se umas às outras. Ninguém, avisou ninguém nos disse nada”, contou.
Esta manhã descarrilaram dois comboios na linha de Cascais, no mesmo sentido,um fazia a ligação Cascais-Lisboa e o outro Oeiras-Lisboa.
O primeiro a descarrilar, às 08:25, foi o que saiu de Oeiras e depois, às 08:35, o que saiu de Cascais, informou fonte da CP.
O comboio, como é habitual em hora de ponta, ia “muito cheio, com muitas pessoas em pé” e os passageiros tiveram de sair para a linha. Muitos dos passageiros optaram por não esperar por outro comboio, dirigindo-se ao terminal de Algés, onde apanharam um transporte alternativo.
Elementos da REFER e da PSP remeteram explicações sobre o acidente para elementos da direção de segurança da REFER, que estão a recolher informações no local e que ainda não se demostraram disponíveis para falar com os jornalistas.
“Apanhei o comboio em Paço d’Arcos e senti logo a carruagem a tremer. Já aqui em Algés senti-a saltar novamente e foi quando o comboio parou”, contou a passageira Maria do Rosário.
Esta jovem de 19 anos viajava para Belém na carruagem que descarrilou e recordou que alguns dos utentes mais idosos se assustaram.
Não há registo de feridos.
Cerca das 10:00, cerca de uma hora e meia depois do acidente, um comboio que estava parado em Algés recolheu passageiros e fez a ligação para o Cais do Sodré.