Lisboa Challenger 2017 junta os melhores praticantes mundiais de padel em Lisboa

Diogo Rocha escreveu esta quarta-feira mais uma bonita página da história recente do padel português, ao garantir o apuramento para os oitavos-de-final do Lisboa Challenger powered by Santogal BMW. Ao lado do seu novo parceiro, Antonio Luque, o jogador natural do Porto bateu a dupla Cristian Gutiérrez/Aris Patiniotis por 6-3 e 6-4, assegurando a passagem aos oitavos-de-final do evento do World Padel Tour organizado pela Federação Portuguesa de Padel, em conjunto com a Smash Padel e o Clube VII.
 
E voltou a ser no Parque Eduardo VII que Diogo Rocha celebrou novo triunfo no circuito mundial de padel. Apesar de estarem a jogar juntos pela primeira vez, o atleta do Team FPP e o parceiro espanhol mostraram bom entrosamento, refletido na forma como geriram a vantagem cedo conseguida na primeira partida – bem como a reação a uma quebra de serviço no segundo set que poderia ter prolongado um pouco mais a contenda.
 
“Foi um encontro magnífico. Pode parecer falsa humildade, mas eu tenho muita sorte com os parceiros. E ter um craque como o Antonio ao meu lado torna tudo mais fácil. O resultado de 6-4 e 6-3 não reflete o quão estava a ser difícil para nós. Todos os jogos eram uma batalha e, ainda por cima, jogar à noite torna a bola mais pesada. Mas lutámos e o resultado acabou por nos ser favorável” referiu o jogador portuense, que iniciou o seu dia na qualidade de anfitrião de centenas de alunos de escolas da região de Lisboa, incorporadas no programa de Desporto Escolar da Federação de Portuguesa de Padel. Uma iniciativa inédita na modalidade, coordenada pelo diretor do departamento do desporto escolar da FPP, Paulo Sanches, e que deverá ser replicada nos próximos dias.
 
Já o espanhol, consumado o triunfo, garantiu não ter ficado surpreendido com o nível de jogo do parceiro português. “Quando escolhi o Diogo, sabia do que ele era capaz, como demonstrou hoje. Ganhámos um encontro difícil a uma dupla que está a jogar muito bem. Estou muito contente com este começo”, confessou Luque, antes de Rocha deixar um agradecimento especial às muitas pessoas que estiveram a assistir e a apoiar nas bancadas “até de madrugada, mesmo amanhã sendo dia de trabalho”.
 
Ultrapassado o primeiro obstáculo, Diogo Rocha (64º do ranking mundial) e Antonio Luque (50º) voltam a pisar a pista central do Clube VII já esta quinta-feira, em nova jornada nocturna que se espera tenha ainda maior moldura humana. Pela frente, depois de eliminarem os oitavos cabeças-de-série, terão Rubén Rivera (52º) e Gerard Company (54º) – num encontro marcada para as 21h30.
 
Menos sorte na estreia do Lisboa Challenger powered by Santogal BMW tiveram Miguel Oliveira (84º) e Vasco Pascoal (96º). A jogarem a prova através de um wild card, não conseguiram contrariar o favoritismo dos adversários, acabando por ceder em duas partidas – 6-4, 6-3 – frente a Christian Fuster (76º) e Francisco Gomes (63º).
 
“Foi uma derrota dura, pois queríamos muito ganhar. Entrámos com algum nervosismo, e perante uma dupla que jogou muito bem e teve o seu mérito. Quando quiseram quebrar o serviço, fizeram-no. Nós tivemos algumas oportunidades mas não aproveitámos, e a este nível paga-se caro”, começou por destacar o esquerdino Oliveira, secundado por Pascoal, também ele desiludido. “É aquele torneio no qual queremos muito jogar. Perante a nossa família, amigos, patrocinadores, e para o qual nos preparamos todo o ano. Tivemos muitos dias para preparar a nossa estratégia, e até entrámos bem, apesar de algum nervosismo. Mas depois aconteceu que não fomos fortes psicologicamente para levar a estratégia até ao fim”.