Francisco Lufinha apresentou o documentário sobre a travessia Lisboa (Oeiras)-Madeira em kitesurf, uma jornada “especial” em que estabeleceu o recorde mundial da maior viagem sem paragens em 874 quilómetros.
"O meu desafio, que muitos chamaram louco, foi muito especial para mim. Senti aquela magia e o acolhimento das pessoas e isso foi o que importa. Vale a pena lutar pelas coisas. É preciso largar e acreditar", salientou aos jornalistas, momentos antes da antestreia do documentário, que tem a duração de 65 minutos, no Funchal.
O filme mostra imagens da travessia entre Lisboa e a Madeira, em julho de 2015, quando bateu o recorde mundial da maior viagem de kitesurf sem paragens (passou de 564 para 874 quilómetros) em 47 horas e 37 minutos, interrompida devido ao cansaço e à fadiga.
Lufinha revelou que aparecem muitos ‘flashbacks’ a recordar os preparativos da viagem, além de tentar mostrar os momentos menos bons, como as alucinações derivadas do sono, o maior obstáculo.
"Aprendi à força que o problema não é o físico mas sim o sono. Acordei às sete da manhã [no dia da partida], por isso, estive 53 horas acordado", recordou.
Também no documentário é exibida a travessia entre as Ilhas Selvagens e o Funchal, a primeira de sempre em kitesurf, realizada em dezembro de 2014, em 12 horas, após percorrer perto de 300 quilómetros.
"Reunimos isto tudo para relatar e não podia escolher outro sítio para a estreia que não na Madeira", afirmou, a propósito de nova exibição do filme, desta vez no Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), em Algés, Oeiras, e no canal televisivo RTP 1 no dia 09 de fevereiro.
Em relação ao próximo objetivo, Francisco Lufinha revelou que o "sonho" é ligar todo o território português, o que significa que falta apenas um ponto, os Açores, não avançando com datas pois admitiu ser necessário reunir com patrocinadores e parcerias primeiro.
O velejador disse ainda que gostava de repetir a travessia entre Lisboa e a Madeira, mas que, desta vez, estivesse acompanhado de outros atletas.