Os prémios literários Fernando Namora e Vasco Graça Moura – Cidadania Cultural foram entregues na passada quinta-feira (dia 12), no Estoril, pelo Presidente da República, respetivamente a Afonso Cruz e a José Carlos Vasconcelos.
Na segunda edição do Prémio Vasco Graça Moura, o júri distinguiu “por unanimidade” o jornalista, poeta e jurista José Carlos Vasconcelos, diretor do quinzenário JL – Jornal de Letras, Artes e Ideias.
O galardão, com o valor pecuniário de 40.000 euros, foi instituído pela Estoril Sol, em parceria com a editora Babel.
Na ata, o júri, que foi presidido por Guilherme d'Oliveira Martins, administrador da Fundação Calouste Gulbenkian, refere que José Carlos Vasconcelos recolheu a unanimidade por ser uma “personalidade que se tem afirmado em todos os domínios em que tem exercido atividade como das figuras mais marcantes da vida portuguesa nos dias de hoje”.
A biografia de José Carlos Vasconcelos “ilustra bem o papel muito relevante que sempre desempenhou e desempenha – como advogado e homem de leis, como poeta e escritor, como jornalista e interveniente ativo na valorização da língua, da literatura, das artes e ideia”, lê-se na ata.
O júri realça o papel desempenhado “com grande generosidade e determinação, inteligência e elevado sentido profissional”, pelo premiado na fundação, direção e manutenção do JL, uma iniciativa única, destaca júri justificando pela sua permanência e regularidade, e “que projeta a cultura e a língua portuguesas no mundo, com uma qualidade digna de reconhecimento”.
O romance “Flores” valeu a Afonso Cruz o Prémio Literário Fernando Namora, na nesta sua 19.ª edição.
Na ata, o júri, que foi também presidido por Oliveira Martins, destacou “a elevada qualidade estética” do romance, referindo ainda “o domínio da linguagem de ficção, a capacidade de construção de uma história e das suas personagens, sabendo lidar com a introdução do aleatório numa estrutura bem montada”.
Os jurados salientaram também o “registo lírico de apreensão do real”, aliando “a cultura clássica a referências correntes – através de uma assinalável compreensão do quotidiano e da sua riqueza multifacetada”.
Além de Oliveira Martins, o júri do Prémio Literário Fernando Namora foi constituído por José Manuel Mendes, pela Associação Portuguesa de Escritores, Manuel Frias Martins, pela Associação Portuguesa dos Críticos Literários, Maria Carlos Loureiro, pela Direção-Geral do Livro, Arquivos e Bibliotecas, Maria Alzira Seixo e Liberto Cruz, convidados a título individual e, ainda, Nuno Lima de Carvalho e Dinis de Abreu, pela Estoril Sol.
O júri que atribuiu o Prémio Vasco Graça Moura–Cidadania Cultural, além dos elementos do júri do Prémio Literário integrou, ainda, José Carlos Seabra Pereira, em representação da editora Babel.