O ministro da Presidência congratulou-se hoje com a assinatura do auto de cedência e do acordo de utilização do novo campo do Jamor com a Federação Portuguesa de Golfe, esperando dar o exemplo a outras federações desportivas.
“Mais do que um contrato vantajoso para o Estado, é um exemplo a seguir. A ideia do Governo é multiplicar o relacionamento que construímos com a Federação Portuguesa de Golfe com outras federações desportivas como râguebi, ténis, natação e futebol” que já se encontram no Complexo do Jamor, disse Marques Guedes após a cerimónia de cedência.
O acordo entre as duas entidades prevê que o Estado português não tenha quaisquer encargos de gestão e manutenção com a infraestrutura hoje inaugurada, que ficará a cargo da Federação Portuguesa de Golfe durante os próximos 25 anos, com possibilidade de renovação.
De acordo com Marques Guedes, o acordo hoje celebrado contou também com o apoio do Turismo de Portugal, uma vez que a modalidade é, segundo o governante, “um excelente exemplo de um produto de turismo de qualidade”, num país com condições “magníficas para a prática da modalidade” associada a turismo de qualidade.
“Este é um exemplo a seguir, um figurino que queríamos ver multiplicado, de uma verdadeira parceria entre Estado e federações desportivas. O estado não deve fomentar a prática do desporto, mas criar as condições para”, reiterou Marques Guedes.
Para o presidente da Federação Portuguesa de Golfe, Manuel Agrelos, trata-se do concretizar de um sonho com mais de 25 anos e pelo qual a instituição sempre lutou, brincando que se trata de um “namoro longo, que terminou hoje em casamento”.
O responsável federativo frisou que a rentabilização do complexo encontra-se assegurada “desde o princípio”, já que se trata de “um espaço público que será mantido com custos baixos.
“É um centro de treino e alto rendimento de formação com utilização pública e são as pessoas que jogam que quando pagam as voltas no campo estão a rentabilizar a infraestrutura de modo a que outros possam usufruir sem pagar nada, nomeadamente os atletas”, explicou Manuel Agrelos.
Com a inclusão do golfe como modalidade olímpica já nos Jogos do Rio de Janeiro2016, o presidente da federação avança que o complexo visa igualmente o treino de alto rendimento e das seleções nacionais.
Agrelos reforçou a ideia do ministro da Presidência, ao considerar que esta é uma parceria com vantagem para as duas partes: “o Estado investe, cumpre a sua função de divulgação e fomento da modalidade desportiva e compete às federações nacionais o desenvolvimento e fomento de programas das suas modalidades”.
O Centro Nacional de Formação de Golfe do Jamor tem como principal objetivo o fomento, desenvolvimento e formação de atletas, com um campo de golfe com custos baixos de green-fee (preço de utilização do campo), de forma a que todos aqueles que queiram usufruir do campo de 9 buracos o possam fazer.
O shot inaugural foi dado pela campeã nacional, Susana Mendes Ribeiro.
Durante o contrato, a Federação Portuguesa de Golfe irá pagar ao Estado cerca de 10.000 de euros por ano, mais 15 por cento dos resultados líquidos.