Mendes Bota considera que em Portugal “não faltam leis contra a corrupção, mas são pouco aplicadas”. O presidente da Comissão Parlamentar de Ética, Cidadania e Comunicação da Assembleia da República que esteve, dia 19 de junho, em Almada, afirma ainda que tem existido “falta de transparência na gestão dos dinheiros públicos”, sendo esta como uma das principais razões que afastam os eleitores dos eleitos e que gera a descredibilização da classe política.
Na intervenção na iniciativa “Ética, Política e Transparência”, organizada pelo PSD Almada, o deputado salientou que a “promiscuidade entre interesses públicos e privados, aliada a um sentimento de que não há justiça, tem levado a que os cidadãos olhem com desconfiança para os políticos”. Isso “não pode acontecer pois é o descrédito nas próprias instituições políticas”.
Mendes Bota realçou que Portugal é dos países que tem mais leis contra a corrupção, mas que os culpados geralmente saem impunes. “O sistema é demasiado garantístico. É mais fácil prender um pobre que roubou para comer que mandar um corrupto para a prisão”. Segundo nota de imprensa do PSD, o ex-eurodeputado lembrou ainda que “nos últimos dez anos só cinquenta é que deram entrada para detrás das grades. Uma média de 5 por ano. Até parece uma brincadeira”.
Na opinião do deputado social-democrata “não nos faltam leis para a corrupção, mas são pouco aplicadas, por falta de meios, e por falta de vontade”.
O presidente do PSD Almada e deputado, Nuno Matias, defende que a transparência e a ética devem ser os guias no desempenho de cargos públicos e da vida pública. “O facto de existir transparência na política é uma forma de aproximar os eleitos dos eleitores, melhorando a imagem dos políticos junto dos cidadãos”.