O mercado de Queluz deve reabrir no sábado, após “obras de emergência”, na sequência de uma inspeção da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), informou fonte da Câmara Municipal de Sintra.
“As obras só devem ficar concluídas na sexta-feira, dia em que se deve realizar a vistoria da ASAE”, afirmou o vereador das Atividades Económicas e Mercados na Câmara de Sintra, Pedro Ventura (CDU).
“A ASAE procedeu a uma ação inspetiva dirigida ao mercado de Queluz, concelho de Sintra, no dia 11 de novembro, na sequência de denúncia referenciando particularmente a falta de condições de conservação na zona de venda de pescado”, esclareceu aquela autoridade à agência Lusa, numa resposta por escrito.
A ASAE acrescentou que foi instaurado “um processo de contraordenação por incumprimento dos requisitos gerais e específicos de higiene, bem como de condições estruturais deficientes devido ao mau estado de conservação, com a suspensão total da infraestrutura no que se refere ao seu interior”.
Ainda de acordo com a Divisão de Informação Pública da ASAE, “mantiveram-se em funcionamento as lojas independentes e com acesso para o exterior (quatro estabelecimentos de talho) que reuniam as condições mínimas para poderem funcionar e permanecerem abertas ao público”.
A Câmara de Sintra, na sequência de contactos para se encontrar “uma solução de compromisso para o funcionamento parcelar das restantes lojas com acesso para o exterior (e que até à data estavam sem atividade)”, decidiu realizar “obras de melhoramento” nos espaços, adiantou a ASAE.
“Eliminámos as infiltrações e reforçámos a rede de eletricidade e de pontos de água”, além da intervenção no sistema de saneamento, relevou o vereador Pedro Ventura, salientando que se aproveitou o encerramento para “reparar as lojas do exterior e a nave toda do mercado para poder receber toda a gente”.
O vereador frisou que os comerciantes preferiram prolongar o período de fecho do mercado, que devia abrir a partir de hoje, para viabilizar “melhorias” nas condições de venda ao público.
Segundo Pedro Ventura, os vendedores não chegaram a transferir-se para outros mercados, apesar da ASAE, na sua página da internet, informar que “foi acautelada a transferência dos operadores económicos para o mercado de Agualva-Cacém”.
As “obras de emergência” em curso vão permitir resolver os problemas mais graves e inserir-se no arranque de uma empreitada de consolidação da cobertura e janelas do imóvel, orçada em 300 mil euros.
A autarquia, numa segunda fase, lançará até ao final de 2014 as obras de requalificação global do edifício, estimadas em 1,3 milhões de euros, com conclusão prevista no início de 2016, apontou Pedro Ventura.
O autarca frisou que “o mercado não tem obras de requalificação há 25 anos” e afirmou que, enquanto durarem as obras mais profundas, os vendedores vão ser instalados “na ala correspondente à área destinada no futuro a uma Loja do Cidadão, a atual zona da fruta”.
A ASAE, na informação enviada à Lusa, manifesta total disponibilidade “para prestar o apoio necessário na verificação das condições necessárias para garantir” a abertura do mercado, assim que forem resolvidas "as deficiências" detetadas.