Metro avança com plano de contingência para venda manual de bilhetes

O Sindicato dos Trabalhadores do Metropolitano de Lisboa está a colaborar com a administração da empresa num "plano de contingência" que garanta a existência de um funcionário em todas as estações para venda manual de bilhetes.
   
Segundo um comunicado do STMETRO, "o Metropolitano de Lisboa está na iminência de ficar sem rolos de cartões Viva Viagem, impossibilitando a sua venda nas máquinas de venda automática", um problema que o próprio presidente da empresa já tinha reconhecido.
 
As organizações sindicais estão agora a colaborar com a administração do Metro para aplicar "medidas que visem assegurar aos utentes do Metropolitano de Lisboa" a aquisição dos cartões, entre as quais a colocação de um funcionário em cada estação.
 
Aconselham ainda os utentes a reutilizarem os cartões Viva Viagem sempre que possível, ou a adquiri-los com antecedência, evitando as estações mais movimentadas.
 
O presidente do Metropolitano de Lisboa já tinha anunciado a 15 de setembro que iriam ser reabertos os postos de venda em todas as estações, depois de ter acabado o 'stock' dos rolos de bilhetes em algumas máquinas de venda automática daqueles títulos de transporte.
 
Segundo Tiago Farias, na altura cerca de 100 das 280 máquinas existentes nas estações já não tinham cartões.
 
O Viva Viagem é um cartão que pode ser adquirido pelos clientes pontuais na rede de transportes que liga toda a Área Metropolitana de Lisboa, nomeadamente CP -- Comboios de Portugal, Fertagus, Metro de Lisboa, Transtejo e Soflusa, e pode ser reutilizado, através de carregamentos.
 
Afirmando estar "preocupado" com a situação, Tiago Farias assegurou que está a "trabalhar para que o incómodo seja o mínimo" e disse estar convencido de que em outubro esta situação esteja resolvida.
 
O responsável disse ainda que a falta de cartões Viva Viagem afeta também os outros operadores da mobilidade em Lisboa, mas admitiu que quem "mais consome este produto é o Metro, muito mais do que os outros".
 
Segundo Tiago Farias, o Metro vende cerca de meio milhão de cartões Viva Viagem por mês.
 
A empresa que gere o sistema dos cartões Viva Viagem admitiu atrasos no fornecimento destes bilhetes recarregáveis utilizados pelos operadores de transporte na Área Metropolitana de Lisboa, que atribuiu à falta de entrega pelo fornecedor.
 
Numa nota, a OTLIS (Agrupamento Complementar de Empresas públicas e privadas), que gere o Sistema Viva, explicou que o fornecedor de cartões reutilizáveis regista atrasos no envio de encomendas, pelo que "poderão registar-se falhas nas entregas programadas de cartões Viva Viagem".