O Metropolitano de Lisboa admitiu hoje que a greve dos trabalhadores convocada para quinta-feira vai paralisar o serviço de transporte e indicou que a Carris vai reforçar algumas carreiras para compensar a falta do metro.
“Para o próximo dia 30 de maio (quinta-feira), prevê-se a paralisação do serviço de transporte do metro, entre as 23:30 do dia 29 de maio (quarta-feira) e as 01:00 do dia 31 de maio (sexta-feira), não tendo o tribunal arbitral fixado serviços mínimos para esta greve”, lê-se numa nota hoje divulgada pela empresa.
O Metropolitano prevê que o serviço esteja normalizado a partir das 06:30 de sexta-feira.
A empresa referiu ainda que, no período da greve, a Carris vai reforçar algumas das suas carreiras coincidentes com os eixos servidos pelo metropolitano, designadamente a carreira 736, entre o Cais do Sodré e o Campo Grande.
“Este reforço será efetuado através da colocação em serviço de um número suplementar de autocarros, pelo que não será afetado o normal funcionamento do serviço da Carris”, indica a nota.
No texto é ainda referido que o conselho de administração “lamenta profundamente todas as perturbações” e indica que vai prosseguir “com determinação o seu propósito de assegurar a sustentabilidade e o futuro do Metropolitano de Lisboa”.
A Federação dos Sindicatos dos Transportes (Fectrans) convocou uma greve de 24 horas para quinta-feira, porque a administração do Metropolitano de Lisboa ainda não deu uma resposta concreta às questões apresentadas pelas organizações de trabalhadores.
Esta será a quarta greve que os trabalhadores do Metropolitano de Lisboa fazem este ano, depois de três paralisações parciais, a que se somam, no ano passado, mais oito greves, cinco das quais parciais, sempre pelas mesmas razões: estão contra o que classificam como o desmantelamento da empresa (fusão com a Carris) e o ataque sistemático aos seus direitos laborais (redução ou corte de subsídios).