“Mexam-se pela vossa saúde e bem-estar”

Rosa Mota tem duplo motivo para festejar em 2018: comemora 60 anos e três décadas sobre o título olímpico em Seul

 
Rosa Mota tem bons motivos para festejar em 2018: comemora 60 anos, a 29 de Junho, e três décadas volvidas sobre o ouro conquistado nos Jogos Olímpicos de Seul. Nos últimos tempos, tem estado lesionada e afirma, meio a sério, meio a brincar, que a culpa é da São Silvestre da Amadora.
 
Campeã olímpica (Seul-1987) e mundial (Roma-1988) da Maratona, Rosa Mota é um das figuras incontornáveis do Atletismo português, pelos feitos que conquistou e pela sua humildade, com uma personalidade simples que a todos cativa. Apesar do ponto final na carreira em 1992,  não há quem não conheça a antiga campeã e isso viu-se, no final de 2016, quando participou na São Silvestre da Amadora. Rosa Mota foi incentivada pelo vasto público que assistia à corrida, a mais antiga do género em Portugal continental, e esforçou-se ao limite, completando os 10 km em 42’34 e na 15.ª posição. 
No final de 2017, Rosa Mota não correu na Amadora, por estar lesionada, como justificou na apresentação da 43.ª edição. A campeã é uma adepta ferrenha deste género de competições, como prova o seu palmarés na São Silvestre de São Paulo (Brasil), que venceu seis vezes consecutivas, a partir de 1981, obtendo o triunfo na Amadora em 1989. A ex-atleta salienta as virtudes de “entrar num novo ano a correr, a fazer exercício, a conviver”.
A antiga campeã revelou que está lesionada e “a culpa foi da São Silvestre da Amadora do ano passado (2016)”. “Comecei a entrar numas provas por brincadeira”, recorda,  com a participação na São Silvestre do Sado (Setúbal) e o Grande Prémio de Natal (Lisboa) a antecederem a corrida na cidade jovem. “O público foi espectacular, só visto, e fez-me lembrar quando corri aqui”, no final da década de 80, e decidiu começar a treinar para baixar do tempo efectuado na casa dos 42 minutos. 
“Lesionei-me... Mas espero vir cá em 2018”, assegurou a campeã, que confidenciou que, nos treinos, “dia sim, dia não”, conseguiu correr os 10 quilómetros em 39 minutos, uma perfomance digna de realce para quem tem 59 anos e um recorde pessoal de 32’33” (Oslo-1985).
Apesar da lesão, que a impediu de participar em mais provas desde o passado dia 17 de Setembro, Rosa Mota elogia o “carinho” com que foi brindado pelo público nas ruas da Amadora, ao longo dos 10 km, que em muito contribuiu para o 15.º lugar e o tempo realizado no último dia do ano de 2016.
Em declarações ao JR, Rosa Mota realça que se entusiasmou naquela participação. “Não estava a contar com a adesão do público, que, em muitos casos, eram as pessoas que enchiam as ruas quando eu corri cá, há uns aninhos atrás, e aplaudiram-me, acarinharam-me, chamaram pelo meu nome...”, adiantou. Mas, fica admirada por ser tão popular, mesmo junto das novas gerações? “Não me admiro... mas, realmente, o incentivo veio até dos mais pequeninos”, salientou a campeã que, para além das inúmeras vitórias em provas de fundo (5.000 e 10.000 metros),  disputou 21 maratonas e ganhou... 14.
Afastada das corridas devido à lesão, a ex-atleta lança o apelo a que ninguém descure a boa forma: “Todos nós, devemos praticar actividade física, para o bem-estar, quer físico, quer mental, e, felizmente, cada vez temos mais condições, nas zonas onde moramos, para caminhar. É só preciso ter um bocadinho de força de vontade”.  
Rosa Mota lamenta que o problema da obesidade infantil seja um flagelo significativo no nosso país e deixa uma mensagem: “Mexam-se pela vossa saúde e bem-estar, mas também pelo convívio, porque encontramos sempre alguém com quem podemos falar”.
A comemorar 60 anos em 2018, o segredo da sua jovialidade, com um ar franzino que sempre a caracterizou, “é a corrida e a alegria”, revelou, acrescentando a receita: “Se formos alegres, a idade passa por nós e não parece”. No corrente ano, Rosa Mota tem duplo motivo para festejar: o número redondo na idade e os 30 anos sobre o título olímpico em Seul. O principal momento da sua carreira desportiva, que, quatro anos antes, teve o aperitivo da medalha de bronze em Los Angeles e contempla, além do triunfo no Mundial de Roma, três títulos do Velho Continente: Atenas-1982, Estugarda-1986 e Split-1990.
 
                      João Carlos Sebastião
Rosa Mota tem bons motivos para festejar em 2018: comemora 60 anos, a 29 de Junho, e três décadas volvidas sobre o ouro conquistado nos Jogos Olímpicos de Seul. Nos últimos tempos, tem estado lesionada e afirma, meio a sério, meio a brincar, que a culpa é da São Silvestre da Amadora.
 
Campeã olímpica (Seul-1987) e mundial (Roma-1988) da Maratona, Rosa Mota é um das figuras incontornáveis do Atletismo português, pelos feitos que conquistou e pela sua humildade, com uma personalidade simples que a todos cativa. Apesar do ponto final na carreira em 1992,  não há quem não conheça a antiga campeã e isso viu-se, no final de 2016, quando participou na São Silvestre da Amadora. Rosa Mota foi incentivada pelo vasto público que assistia à corrida, a mais antiga do género em Portugal continental, e esforçou-se ao limite, completando os 10 km em 42’34 e na 15.ª posição. 
No final de 2017, Rosa Mota não correu na Amadora, por estar lesionada, como justificou na apresentação da 43.ª edição. A campeã é uma adepta ferrenha deste género de competições, como prova o seu palmarés na São Silvestre de São Paulo (Brasil), que venceu seis vezes consecutivas, a partir de 1981, obtendo o triunfo na Amadora em 1989. A ex-atleta salienta as virtudes de “entrar num novo ano a correr, a fazer exercício, a conviver”.
A antiga campeã revelou que está lesionada e “a culpa foi da São Silvestre da Amadora do ano passado (2016)”. “Comecei a entrar numas provas por brincadeira”, recorda,  com a participação na São Silvestre do Sado (Setúbal) e o Grande Prémio de Natal (Lisboa) a antecederem a corrida na cidade jovem. “O público foi espectacular, só visto, e fez-me lembrar quando corri aqui”, no final da década de 80, e decidiu começar a treinar para baixar do tempo efectuado na casa dos 42 minutos. 
“Lesionei-me... Mas espero vir cá em 2018”, assegurou a campeã, que confidenciou que, nos treinos, “dia sim, dia não”, conseguiu correr os 10 quilómetros em 39 minutos, uma perfomance digna de realce para quem tem 59 anos e um recorde pessoal de 32’33” (Oslo-1985).
Apesar da lesão, que a impediu de participar em mais provas desde o passado dia 17 de Setembro, Rosa Mota elogia o “carinho” com que foi brindado pelo público nas ruas da Amadora, ao longo dos 10 km, que em muito contribuiu para o 15.º lugar e o tempo realizado no último dia do ano de 2016.
Em declarações ao JR, Rosa Mota realça que se entusiasmou naquela participação. “Não estava a contar com a adesão do público, que, em muitos casos, eram as pessoas que enchiam as ruas quando eu corri cá, há uns aninhos atrás, e aplaudiram-me, acarinharam-me, chamaram pelo meu nome...”, adiantou. Mas, fica admirada por ser tão popular, mesmo junto das novas gerações? “Não me admiro... mas, realmente, o incentivo veio até dos mais pequeninos”, salientou a campeã que, para além das inúmeras vitórias em provas de fundo (5.000 e 10.000 metros),  disputou 21 maratonas e ganhou... 14.
Afastada das corridas devido à lesão, a ex-atleta lança o apelo a que ninguém descure a boa forma: “Todos nós, devemos praticar actividade física, para o bem-estar, quer físico, quer mental, e, felizmente, cada vez temos mais condições, nas zonas onde moramos, para caminhar. É só preciso ter um bocadinho de força de vontade”.  
Rosa Mota lamenta que o problema da obesidade infantil seja um flagelo significativo no nosso país e deixa uma mensagem: “Mexam-se pela vossa saúde e bem-estar, mas também pelo convívio, porque encontramos sempre alguém com quem podemos falar”.
A comemorar 60 anos em 2018, o segredo da sua jovialidade, com um ar franzino que sempre a caracterizou, “é a corrida e a alegria”, revelou, acrescentando a receita: “Se formos alegres, a idade passa por nós e não parece”. No corrente ano, Rosa Mota tem duplo motivo para festejar: o número redondo na idade e os 30 anos sobre o título olímpico em Seul. O principal momento da sua carreira desportiva, que, quatro anos antes, teve o aperitivo da medalha de bronze em Los Angeles e contempla, além do triunfo no Mundial de Roma, três títulos do Velho Continente: Atenas-1982, Estugarda-1986 e Split-1990.
 
João Carlos Sebastião