As Câmaras de Almada, Seixal e Sesimbra receberam a promessa do ministro da Saúde que não será tomada nenhuma decisão sobre as urgências Hospital Garcia de Orta sem consultar os municípios, revelou à Lusa fonte de uma das autarquias.
"Há uns meses os presidentes das Câmaras de Almada, Seixal e Sesimbra, reuniram com o ministro da Saúde, ficando dada a garantia que não seria tomada qualquer decisão sem consultar previamente os respectivos municípios", disse à Lusa fonte da Câmara de Almada
A proposta da Comissão de Reavaliação da Rede Nacional de Emergência e Urgência prevê a despromoção do Hospital Garcia de Orta, em Almada, de urgência polivalente para urgência médico-cirúrgica
Recentemente, a Assembleia Municipal de Almada aprovou uma deliberação em que exige ao Governo a não concretização de propostas que visem encerrar ou despromover o serviço de urgências polivalentes do Hospital Garcia de Orta.
A Comissão de Reavaliação da Rede Nacional de Emergência e Urgência prevê o encerramento de 16 serviços de urgência classificados enquanto tal num despacho de 2008.
A lista inclui serviços de urgência em Valongo, Oliveira de Azeméis, Idanha-a-Nova, Tomar, Montemor-o-Novo, Estremoz, Serpa, Lagos, Loulé, Macedo de Cavaleiros, Fafe, Santo Tirso, Peniche, Agualva-Cacém, Montijo e Lisboa (Hospital Curry Cabral, cujo encerramento já se efectivou).
Na proposta entregue ao ministro Paulo Macedo, que foi finalizada em Fevereiro mas só agora divulgada, sugere-se também a redução de valências de algumas urgências.
Assim, pelas contas desta comissão ficam a funcionar como urgência 73 pontos no país: 10 urgências polivalentes (as mais completas), 29 de urgência médico-cirurgica e 34 de urgência básica.