O ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, salientou hoje, na inauguração das novas esquadras de Trânsito e Investigação Criminal na Amadora, o contributo das autarquias no esforço de reorganização do dispositivo de segurança na Área Metropolitana de Lisboa.
“É a prova de que este esforço que estamos a fazer, com muita colaboração das câmaras municipais, que é absolutamente indispensável, tem permitido, apesar das dificuldades, resolver muitos problemas”, sublinhou o ministro, referindo-se às novas instalações da PSP num edifício cedido pela Câmara da Amadora.
As novas esquadras de Trânsito e de Investigação Criminal da Divisão da PSP da Amadora envolveram um investimento de cerca de 146 mil euros, acrescidos de IVA, na remodelação do espaço, para um efetivo total de 130 elementos.
“O trabalho da polícia exige boas condições do ponto de vista operacional, estas esquadras são também importantes para receber com a dignidade que é exigida peos cidadãos”, notou Miguel Macedo, acrescentando que as esquadras hoje inauguradas são um exemplo de como com pouco investimento é possível melhorar as instalações policiais.
A presidente da Câmara da Amadora, Carla Tavares (PS), considerou que a inauguração das novas esquadras é a prova de que “quando há vontade, quando há conjugação de esforços, as questões financeiras são importantes, mas não são tão relevantes quanto isso”.
A autarca reiterou a disponibilidade para colaborar na melhoria das condições de serviço para os agentes que contribuem para a segurança no concelho e destacou o trabalho desenvolvido pelo atual comandante da Divisão da PSP da Amadora, Luís Pebre.
Carla Tavares aproveitou para referir a “excelente colaboração” com a PSP no desenvolvimento do sistema de videovigilância para o município, que se encontra “em fase de execução de projeto” e que terá 100 câmaras de vigilância, depois de a autarquia ter pedido a retirada de três que se considerou não serem precisas.
A presidente da autarquia deixou ainda o desejo de ver instalada a Divisão da Amadora num espaço disponível em Vila Chã, mas o ministro da Administração Interna recusou-se a confirmar a mudança, embora também não tenha fechado totalmente a porta, apesar da exigente gestão dos meios disponíveis.
Miguel Macedo adiantou que, em termos de meios humanos, está a terminar um curso de 100 novos agentes e que vão ser autorizadas novas admissões, que rondarão “as três centenas de novos elementos”, uma parte para integrar as polícias municipais de Lisboa e do Porto.
Para o diretor nacional da PSP, Luís Farinha, as novas instalações “são um instrumento fundamental” na melhoria das condições de “uma polícia mais profissional, mais eficaz e mais cometente” para assegurar a segurança dos cidadãos.
Nas instalações pegadas à Junta de Freguesia de Águas Livres, onde antes funcionou o Tribunal da Amadora, vai funcionar a esquadra de Trânsito, com 65 agentes, que funcionava em Queluz.
A unidade de investigação criminal da Divisão da Amadora possui 56 agentes e as novas instalações permitem concentrar os elementos até agora dispersos por dois espaços na Reboleira e em São Brás.