Monte da Lua quer concluir limpeza de áreas afectadas pelo mau tempo até ao verão

A Parques de Sintra-Monte da Lua (PSML) espera concluir até ao próximo Verão a limpeza das mais de duas dezenas de hectares afectados pelo mau tempo de Janeiro de 2013, disse à Lusa fonte oficial da sociedade.

"Tencionamos concluir até ao Verão os trabalhos de limpeza das áreas afectadas, mas tudo depende das condições climatéricas", afirmou a mesma fonte da PSML. As próximas intervenções de limpeza de arvoredo derrubado pelo temporal vão incidir na zona ocidental do Parque da Pena, perto do Chalet da Condessa D'Edla e da Abegoaria.

A serra de Sintra foi assolada, em 19 de Janeiro de 2013, por chuva forte e ventos ciclónicos que atingiram velocidades superiores a 120 quilómetros por hora. O parque da Pena foi dos locais mais atingidos, apesar dos danos por toda a serra, contabilizados na queda de cerca de 2.000 árvores. Estradas e caminhos ficaram cortados, muros e infra-estruturas de rega, energia e comunicações também sofreram com o mau tempo.

A PSML, sociedade de capitais públicos que gere os parques e monumentos de Sintra, informou em comunicado, que removeu, até ao momento, "cerca de 700 árvores, faltando ainda limpar cerca de 24 hectares no Parque da Pena, trabalho que prosseguirá em 2014." Em Novembro passado foram reflorestadas algumas das áreas que, após a remoção de árvores caídas e material lenhoso, tinham ficado mais expostas.

A sociedade já plantou 285 árvores jovens "de médio porte", incluindo espécies de abetos, cedros, juníperos, criptomérias, píceas, sequoias, "pseudotsugas", "tsugas", liriodendros, faias e tílias.

Na mesma altura arrancou o projecto de recuperação do sistema de rega do Jardim da Condessa d'Edla e da Quinta da Pena. Após a correcção de roturas na rede de rega, serão reparadas valetas, passagens hidráulicas e outros elementos.

Uma árvore de grande porte caiu sobre a casa do guarda do Chalet da Condessa d'Edla, que servia de bilheteira. O espaço já reabriu, também adaptado como loja. O corte de caminhos obrigou ao encerramento dos palácios da Pena e de Monserrate, do Castelo dos Mouros e do Convento dos Capuchos entre três a quatro dias. O parque da Pena manteve-se fechado mais de uma semana e o Chalet da Condessa até Abril.

Os prejuízos foram estimados pela PSML em cerca de três milhões de euros. O trabalho de reconstrução, remoção de árvores e replantação tem sido realizado através das receitas próprias (entradas, vendas e aluguer de espaços) e com o apoio da comunidade.

O número exacto de árvores e espécies atingidas será apurado após a remoção de todo o arvoredo derrubado pelo temporal, através da verificação do inventário do património botânico dos Parques da Pena e de Monserrate. Na Pena estavam etiquetadas e georreferenciadas 35.000 árvores e em Monserrate havia 18.000.