A havaiana Carissa Moore disse hoje ambicionar manter a liderança do ‘ranking’ mundial de surf feminino, no Cascais Women’s Pro, apesar de ter aterrado em Portugal sem o seu equipamento.
“Eu espero ganhar, tenho uma data de desafios para vencer antes, mas claro que espero vencer”, afirmou a campeã do mundo em 2011 e 2013, que já venceu campeonatos em Portugal em 2010, em Peniche, e em 2013, em Cascais.
Na apresentação da oitava e antepenúltima etapa do circuito mundial, a disputar entre terça-feira e 28 de setembro, Carissa Moore mostrou algum desalento pelo extravio da sua bagagem, ambicionando “esquecer tudo quando entrar na água”.
“Não ter o nosso equipamento é sempre complicado, porque não posso treinar. Por exemplo, não tenho fatos e a água está fria. Também é importante ter as nossas próprias pranchas, porque trabalhamos muito perto com os nossos ‘shapers’, e esta situação é um bocado stressante e frustrante, porque todas as outras têm os seus, mas quero acreditar que tudo vai correr bem”, confiou.
No entanto, a havaiana, a única surfista a intrometer-se no domínio da australiana Stephanie Gilmore, que falha a etapa cascalense devido a lesão, espera manter a liderança após o Cascais Women’s Pro, no qual vai estrear-se frente à 'wild-card' portuguesa Teresa Bonvalot e à brasileira Silvana Lima.
“Qualquer competição é difícil, as outras surfistas também querem muito ganhar, por isso vai ser uma luta complicada. Mas estou muito contente com a minha posição e espero conseguir mantê-la”, frisou Carissa Moore.
Ambição idêntica tem a norte-americana Courtney Conlogue, que ocupa o segundo lugar da hierarquia, a 4.400 pontos da havaiana, assegurando não se sentir incomodada por ter perdido a liderança na etapa de Trestles, nos Estados Unidos.
“Eu adoro desafios, não me importo de estar no segundo lugar e sei que vai ser uma missão dura para lutar por este título. Espero ganhar um impulso nestes dois eventos na Europa, divertir-me e quero chegar à liderança aqui”, explicou Courtney Conlogue, que vai defrontar a francesa Pauline Ado e a australiana Nikki Van Dijk na primeira eliminatória.
Apesar disso, Courtney Conlogue disse não acreditar que o título mundial fique decidido em águas portuguesas: “É uma corrida tão apertada agora, que até podermos descartar dois resultados, não vamos saber, mas claro que espero ser eu”.
Mesmo ligeiramente mais distante, a 10.200 pontos de Moore e 5.800 de Conlogue, a australiana Sally Fitzgibbons ainda não desistiu da ‘luta’ pelo título mundial.
“É sempre desafiante chegar a esta altura do ano e poder ser a número um do mundo, com diferenças muito curtas este ano e as duas primeiras em grande forma, mas eu nunca desisto e espero sair de Portugal com uma vitória”, sublinhou Sally Fitzgibbons, adversária da havaiana Coco Ho e da norte-americana Sage Erickson na primeira ronda.
Para a terceira na hierarquia, a prova portuguesa vai ser “um grande teste” às suas capacidades, reconhecendo que as rivais, atualmente e particularmente Moore e Conlogue, a “incitam a fazer melhor”.
“Penso que olhando para trás, os meus resultados em Portugal no circuito de qualificação são animadores e posso encarar Portugal como um ‘amuleto’ da sorte e, quem sabe, posso voltar a ganhar este ano”, rematou a australiana.
O período de espera da nona passagem do circuito mundial de surf feminino por Portugal prolonga-se entre terça-feira e 28 de setembro, na praia de Carcavelos, podendo também ser disputado no Guincho ou na Bafureira, dependendo das condições do mar.