O coro Lisboa Cantat, Os Músicos do Tejo, Artur Pizarro, Nuno Inácio e Pedro Burmester são alguns dos nomes portugueses que integram o cartaz dos Dias da Música, que decorrem em Lisboa, de sexta-feira até domingo.
O Centro Cultural de Belém (CCB) é o cenário dos Dias da Música e, da programação, sob o mote “O impulso romântico”, constam as orquestras Gulbenkian, Metropolitana, Sinfónica Portuguesa e, pela primeira vez, a Banda Sinfónica da GNR, que toca no domingo a "Sinfonia Fúnebre e Triunfal", de Hector Berlioz.
Outras estreias neste certame são da Camerata Alma Mater, dirigida por Pedro Neves, do Quarteto Verazim e do Quarteto de Cordas de Lisboa.
No total, de sexta-feira à noite até domingo, os Dias da Música têm programados 60 concertos, dos quais 14 são gratuitos, a que se juntam meia dúzia de palestras e um mercado do novo e do usado.
A Missa para solistas, coro e orquestra, em Ré Maior, opus 123, de Beethoven, a Missa Solene, constitui o concerto de abertura na sexta-feira às 21:00, no grande auditório do CCB.
A missa de Beethoven será interpretada pelo coro Lisboa Cantat, o Ensemble Vocal de Freamunde e a Orquestra Metropolitana de Lisboa, sob a batuta de Cesário Costa, sendo solistas Ana Maria Pinto, Daniela Lehner, David Danholt e Wotjek Gierlach.
Os Músicos do Tejo, sob a direção de Marcos Magalhães, tocam no sábado, no Pequeno Auditório - Sala Eduardo Prado Coelho, um programa que inclui “Il Primo Ardor”, de Antonio Vivaldi, e “In questo lacrime, arsindo specchiasti”, da ópera “Il Trionfo d’Amore”, de Francisco António de Almeida, e ainda peças de Handel e Pergolesi.
Um grupo de músicos constituído pela soprano Natasa Sibalic, o violinista Luís Pacheco Cunha, o contrabaixista Adriano Aguiar e o pianista João Paulo Santos, evoca a passagem por Lisboa do compositor Giovanni Bottesini, em 1881.
Os pianistas Pedro Burmester e Alexei Eremine tocam, no sábado, na sala Almada Negreiros, um programa constituído pela Sonata para piano a quatro mãos, opus 617, de Schubert, e a Sonata para dois pianos em fá menor, opus 34b, de Brahms.
Burmester apresenta-se ainda neste sábado, na sala Sophia de Melo Breyner Andresen, com o Quarteto de Cordas de Matosinhos, com um programa constituído por peças de Brahms e Dvorák.
O flautista Nuno Inácio e o pianista Paulo Pacheco apresentam, também no sábado, um programa com peças de Widor, Schubert e Prokofiev.
Artur Pizarro apresenta, no domingo, um recital composto pelo Scherzo e Marcha, S. 177, de Liszt, e a Sonata para piano n.º 2 em Si bemol maior, de Schubert.
Outro pianista que marca presença é Jorge Moyano, que também atua no domingo, com compositores da sua eleição - Chopin e Schumann.
A violoncelista Maria José Falcão e a pianista Anne Kaasa apresentam um programa intitulado “O romantismo nórdico”, exclusivamente dedicado ao compositor norueguês Edvard Grieg.
O mote da programação, “O impulso romântico”, foi entendido como uma atitude que “ultrapassou o século XIX e hoje em dia”, permanece, como fez notar Miguel Leal Coelho, administrador do CCB.
A programação inclui assim outros compositores fora do movimento estético-literário do Romantismo, que marcou parte do século XIX, nomeadamente de géneros populares contemporâneos como os “blues”, as modinhas luso-brasileiras, o fado e até mesmo a música medieval, que será apresentada no sábado pelas Voces Alfonsinas, sob a direção de Manuel Pedro Ferreira.
Aldina Duarte apresenta, no sábado, às 22:00, “Fados de amor derradeiro”, e Maria Ana Bobone interpretará, no domingo, às 19:00, “O amor cantado: a poesia de David Mourão-Ferreira e Vinicius de Moraes”.