A Câmara de Sintra vai avançar com a construção de uma nova ponte sobre a Ribeira de Carenque, na ligação entre Queluz e Amadora, como alternativa à que encerrou no início de Junho. A autarquia já dispõe de um anteprojecto e prevê que as obras possam ser concluídas em meados de Setembro, aquando do início do próximo ano lectivo.
A anterior ponte, junto ao Lido, será destinada apenas a uso pedonal. “Estamos na fase do anteprojecto, em articulação com a Câmara da Amadora, e vamos avançar, em razão da urgência da obra, com um ajuste directo”, revelou Fernando Seara ao JR, à margem da última Assembleia Municipal de Sintra (AMS).
Embora sem uma estimativa do investimento, “mas significativo por se tratar de uma obra definitiva”, o presidente da Câmara de Sintra conta que a construção da nova ponte, em terrenos municipais e militares, “esteja concluída por altura do arranque das aulas, o que implica também o envolvimento da Câmara da Amadora no reordenamento do trânsito, com uma nova rotunda na estrada de acesso”.
A antiga ponte foi encerrada no passado dia 2 de Junho, devido a “um buraco na estrutura” numa das faixas de rodagem. Por prevenção, a ligação está cortada, desde então, prejudicando os milhares de automobilistas que a utilizavam para aceder ao IC19. “Esta ligação será apenas utilizada como pedonal, mas, depois, teremos que criar as condições para a sua recuperação”, enunciou o edil.
A nova ponte vai ser construída em terrenos municipais, cedidos aos Bombeiros Voluntários de Queluz, e militares, pelo que decorrem já contactos com diversas entidades para a disponibilização dos mesmos. Em cima da mesa, para resolver esta situação, esteve a construção de uma ponte militar, mas a autarquia chegou à conclusão que “a solução definitiva é possível de concretizar”.
O encerramento da antiga ponte à circulação, que obriga os automobilistas a dirigirem-se a Carenque e ao centro da Amadora para acederem ao IC19, já tinha motivado uma intervenção no período do público da sessão da AMS. O munícipe João Miguel Couto recordou que a ponte filipina se assumia como uma ligação essencial entre Queluz e Amadora e que já havia o alerta, “por diversas autoridades”, de que se encontrava em estado de degradação. “Esta obra é urgente porque estamos perante a única ligação directa ao Hospital Fernando da Fonseca”, frisou João Miguel Couto, aludindo a uma maior demora na deslocação de ambulâncias à unidade hospitalar.