Nova ponte entre Queluz e Amadora abre ao tráfego

 As obras de construção da nova ponte sob a ribeira de Carenque, entre Queluz (Sintra) e a Amadora, estão concluídas e o trânsito abre na quinta-feira, informou hoje a Câmara de Sintra.
A ponte do século XVII, que ligava Queluz à cidade da Amadora, foi encerrada em junho do ano passado por apresentar danos na sua estrutura, prejudicando milhares de moradores que se viram impedidos de aceder ao IC19 (itinerário complementar) através daquele acesso e dezenas de comerciantes que lamentam quebras de faturação por o local se encontrar vedado.
Em comunicado, o município de Sintra informa que a nova ponte, que custou mais de 400 mil euros, vai ser inaugurada na quinta-feira e que a ponte antiga será recuperada mas será utilizada apenas para circulação pedonal.
De acordo com o comunicado, dado o valor histórico e arquitetónico da ponte do século XVII, foi necessário "criar uma solução que visava a sua recuperação", criando alternativas viáveis - a nova ponte - de modo a não sobrecarregá-la após a intervenção.
O município de Sintra refere que, em conjunto com a Câmara da Amadora, foram criadas alternativas viárias e duas novas rotundas para permitir o escoamento do trânsito.
A intervenção contemplou a construção de uma via alternativa para o trânsito rodoviário, ligando o cruzamento da Avenida Comandante Paiva Couceiro, da Rua D. Pedro IV e da Rua Mário Viegas, em Queluz, com a ligação da Amadora ao Nó do Hospital Amadora-Sintra do IC19.
Esta obra põe fim às queixas de moradores e comerciantes que, durante cerca de um ano, contestaram o encerramento ao trânsito da estrada que liga Queluz à Amadora e ao IC19.
Em dezembro, comerciantes do local disseram à agência Lusa que já tinham encerrado vários estabelecimentos e que alguns dos que continuavam de porta aberta se debatiam com problemas financeiros causados pela diminuição da circulação de pessoas no local.
Na ocasião, Bruno Araújo, proprietário de um café, afirmou que o encerramento ao trânsito rodoviário na antiga ponte retirou pessoas de uma das zonas que até poucos meses antes era uma das mais agitadas da cidade.
"Não passa aqui ninguém. Antes passavam aqui dezenas de autocarros por dia, cheios de pessoas, que esperavam nos terminais e vinham aqui ao café. Perdi mais de 50% da minha clientela e hoje apenas a vizinhança entra aqui", constatou o proprietário.