Os trabalhadores da Soflusa, que faz a ligação fluvial entre o Barreiro e Lisboa, vão avançar com três dias de greve parcial em outubro, enquanto na Transtejo, que faz as restantes ligações, os sindicatos vão aguardar pela próxima reunião.
"Os trabalhadores da Soflusa decidiram hoje que vão avançar com três dias de greve, de duas horas nas horas de ponta da manhã e tarde, nos dias 8, 9 e 10 de outubro", disse à Lusa Artur Toureiro, presidente do sindicato dos fluviais.
No caso da Transtejo, a outra empresa do grupo, os trabalhadores vão aguardar pelo desfecho da reunião entre a administração e os sindicatos, agendada para quinta-feira, mas também já aprovaram os três dias de greve como na Soflusa.
"No caso da Transtejo os sindicatos estão mandatos para avançar também com três dias de greve, nos mesmos moldes que na Soflusa, se a reunião não surtir efeito. Mediante o desfecho da reunião vai ou não haver greve", explicou o sindicalista.
Artur Toureiro defendeu que os trabalhadores vão continuar também com a greve ao trabalho extraordinário, que decorre desde o início do ano, e que estão descontentes com a situação atual.
"A greve não é o que queremos, mas os trabalhadores estão descontentes com a situação atual da empresa e até queriam endurecer mais as formas de luta", explicou.
Os plenários de hoje nas duas empresas, que levaram a uma paralisação de todas as carreiras fluviais, realizaram-se pois os sindicatos e a administração do grupo Transtejo não chegaram a acordo.
Os trabalhadores defendem um reescalonamento salarial, com integração de alguns subsídios no vencimento base.
Depois da paralisação, as ligações fluviais estão já normalizadas.