Oeiras é o segundo município do País em termos de poder de compra

A maioria dos municípios portugueses que, em 2013, tinham poder de compra acima da média eram capitais de distrito e situavam-se no litoral do país, segundo dados hoje divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Oeiras é o segundo município do país com maior poder de compra por parte dos seus habitantes, logo a seguir a Lisboa e antes do Porto, Faro ou Coimbra. Cascais ocupa a 8.ª posição deste "ranking".
 
De acordo com os dados, cerca de 10% (32) dos 308 municípios portugueses apresentavam valores acima da média nacional no indicador do poder de compra ‘per capita' (IpC).
 
O município de Lisboa liderava o índice, com um valor de 207,9 pontos, mais de duas vezes a média nacional (100), seguido de Oeiras (180,7) e do Porto (169,9).
 
Segundo o INE, os valores mais elevados do índice de poder de compra ‘per capita' registavam-se nas áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto e também em capitais de distrito.
 
A lista dos 10 municípios com maior poder de compra incluía ainda Faro (132,3), Coimbra (130,3), São João da Madeira (130,1), Sines (128), Cascais (125,6), Aveiro (123,5) e Matosinhos (120,9), a grande maioria no litoral do país.
 
Seguem-se, com valores acima do índice 110, os municípios de Alcochete (115,3), Funchal (111,9), Maia (111,1), Évora (111) e Azambuja (110,8).
 
A análise, refere o relatório divulgado pelo INE, sugere “uma associação positiva entre o grau de urbanização das unidades territoriais e o poder de compra aí manifestado quotidianamente".
 
Dos 18 municípios da Área Metropolitana de Lisboa (que, no conjunto, apresenta um IpC de 125,1), nove têm poder de compra ‘per capita' abaixo da média nacional, sendo o menor índice registado na Moita (81).
 
Já na Área Metropolitana do Porto (IpC conjunto de 105,1), cinco municípios estão acima da média nacional e 12 abaixo do índice 100, com destaque para Paredes (76,8) e Arouca (70,1).
 
O INE sustenta também que, no conjunto do território nacional, 143 municípios (46% do total) apresentavam valores de IpC inferiores a 75. No entanto, o INE não divulgou quais os municípios com menor poder de compra ‘per capita', apenas referindo que os 10 com menor índice IpC "pertenciam ao interior das regiões Norte e Centro (sub-regiões Tâmega e Sousa, Alto Tâmega, Douro, Terras de Trás-os-Montes e Viseu Dão Lafões) e dois à Região Autónoma da Madeira.
 
A mesma fonte adianta que o indicador ‘per capita' (IpC) pretende traduzir o poder de compra por pessoa manifestado quotidianamente nos diferentes municípios ou regiões e os resultados observados em 2013 associam ao território continental "um poder de compra superior ao observado nas duas regiões autónomas portuguesas": 100,8 para o total continental, contra 86 na Madeira e 84,6 nos Açores.
 
Em termos de regiões NUTS II (Nomenclatura das Unidades Territoriais para Fins Estatísticos) do continente, a Área Metropolitana de Lisboa (125,1) é a única com um valor acima do poder de compra médio nacional: segue-se o Algarve (96,4), Norte (92), Alentejo (89,4) e Centro (89,2).