A frente ribeirinha de Oeiras vai ter duas novas marinas, dois empreendimentos de habitação e hotelaria e vai ainda ver concluída a terceira fase do Passeio Marítimo, um investimento público e privado total superior a 550 milhões de euros.
Numa visita de barco realizada pela Câmara de Oeiras à orla costeira do concelho, o vice-presidente da autarquia, Paulo Vistas, anunciou os novos projectos para aquela zona.
Uma nova marina na margem direita da foz do Rio Jamor, na zona da Cruz-Quebrada, é um dos projectos previstos e que vai custar 250 milhões de euros, 49 milhões dos quais referentes a investimento público e o restante a investimento privado do Grupo SIL.
Neste projecto está ainda incluída a construção de 325 fogos de habitação, uma unidade hoteleira, estabelecimentos de comércio e serviços, uma nova estação de comboios e um viaduto.
Uma outra marina, desta vez inteiramente financiada pela Câmara de Oeiras (valor que ainda não está determinado), deverá começar a ser construída em 2014 em Paço de Arcos e terá capacidade para 400 embarcações.
Até ao final de 2013, a autarquia pretende ainda arrancar com a terceira fase do Passeio Marítimo, num investimento de quatro milhões de euros, com uma extensão de dois mil metros entre o Forte de São Bruno e a Cruz Quebrada.
Para o Alto da Boa Viagem está contemplado o maior investimento, 300 milhões de euros, que servirão para construir um hotel de cinco estrelas, um complexo habitacional, uma área de serviços e comércio e um pavilhão multiusos que poderá servir para as futuras instalações do torneio português de ténis Estoril Open e para a Casa das Selecções.
Já em 2007, a autarquia tinha anunciado a construção de um pavilhão multiusos no Alto da Boa Viagem – um projecto assinado por Tomás Taveira – que deveria estar concluído até 2009, mas a obra nunca avançou.
Em declarações à agência Lusa, Paulo Vistas admitiu que o investimento previsto é um "esforço muito grande, mas necessário".
"É fundamental para o desenvolvimento da região. Oeiras carecia deste tipo de equipamentos, porque não tínhamos oferta turística face à procura que temos vindo a ter", afirmou o vice-presidente do executivo liderado por Isaltino Morais.