Os partidos da oposição na Câmara de Cascais, de maioria PSD/CDS, acusaram o executivo liderado por Carlos Carreiras de lhes negar direitos e de impor um orçamento municipal que irá penalizar os munícipes.
Um comunicado assinado pelos vereadores do PS, da CDU e do movimento independente SerCascais revela que a maioria PSD/CDS "impôs", na reunião de executivo de quarta-feira, "a aprovação do orçamento para 2015 e das Grandes Opções do Plano, que prevê o significativo aumento da coleta fiscal e uma diminuição das prestações socias do município".
Os vereadores da oposição referem que reclamaram, no início dos trabalhos, que o debate sobre o orçamento fosse adiado para uma próxima reunião, por não terem sido consultados "em tempo razoável, conforme o legalmente estipulado".
"Na única reunião realizada apenas foi prestada uma informação verbal sobre intenções e generalidades sendo que a vasta documentação orçamental só foi disponibilizada aos partidos na passada segunda-feira", indicam os vereadores da oposição.
Já Isabel Magalhães, do SerCascais, citada no mesmo comunicado, disse que "nem sequer esse direito lhe foi reconhecido".
"Perentoriamente, a maioria PSD/CDS recusou alargar o período de análise do orçamento e impôs a imediata aprovação integral das suas propostas", refere a oposição, sublinhando que "os munícipes de Cascais verão agravada em 2015 a sua coleta fiscal e terão menos e pior prestação de apoio às famílias por exclusiva opção da coligação".
Confrontado com as acusações, o presidente da Câmara de Cascais, Carlos Carreiras, disse hoje à Lusa que "a atitude da oposição não surpreende".
"É mais do mesmo. É uma oposição que fala demais e trabalha de menos, que não propõe, só destrói, que tenta envenenar o espaço público com mentiras e calúnias e que não tem qualquer estatura democrática nem respeito pela civilidade que gostamos de cultivar", concluiu o autarca.
A Câmara de Cascais aprovou o orçamento municipal para 2015 no valor de 159 milhões de euros.