OqueStrada recebem Prémio José Afonso na Amadora

Os Oquestrada, recebem hoje o Prémio José Afonso 2015, que lhes foi atribuído pela Câmara da Amadora, em março, pela edição do álbum “Atlantic Beat/Mad’in Portugal”.
 
“O disco ‘Atlantic Beat/Mad’in Portugal’, o segundo álbum da banda, editado no ano passado, veio consolidar um percurso que já justifica plenamente, na opinião do júri, um prémio desta natureza e importância”, disse a edilidade, que instituiu o galardão em 1988, quando do anúncio do vencedor, no passado mês de março.
 
A decisão do júri, de acordo com a autarquia, surgiu “no seguimento de edições anteriores, em que o nome dos Oquestrada aparecia constantemente como sério candidato ao Prémio José Afonso, dada a grande qualidade, originalidade, irreverência e cuidada produção das músicas e da performance do grupo”.
 
O júri foi constituído pelo vereador da Cultura da Câmara da Amadora, António Moreira, pela pianista Olga Prats, pelo compositor Sérgio Azevedo e pela chefe da divisão de Intervenção Cultural da Câmara, Vanda Santos, tendo a escolha sido “por unanimidade”.
 
Os OqueStrada surgiram em 2001, em Almada, por iniciativa de Marta Miranda e de Pablo, que convidaram João Lima, definindo assim "o trio nuclear da banda, ocasionalmente enriquecido com a contribuição de acordeonistas, trompetistas e outros guitarristas”, como recorda a Câmara da Amadora.
 
Até 2009, ano de lançamento do álbum de estreia, os OqueStrada realizaram várias atuações em todo o país. Do seu repertório, fazem parte canções como “Oxalá te veja”, “Creo cariño” e “Se’sta rua fosse minha”.
 
O comunicado da Câmara destaca “a originalidade da banda e o olhar contemporâneo que lança sobre a música popular portuguesa”.
 
Segundo a mesma fonte, o álbum “Tasca Beat: o sonho português”, editado em abril de 2009, confirmou, “em estúdio, a reputação que [os OqueStrada] já tinham conquistado na estrada”.
 
Entre outros prémios e críticas elogiosas, o jornal francês Le Monde apontou este disco como um dos melhores trabalhos na área de “World Pop”, tendo a banda portuguesa sido uma das escolhidas para atuar na cerimónia de entrega do Prémio Nobel da Paz, em Oslo, em 2012.
 
Fausto, com o álbum “Para Além das Cordilheiras”, foi o primeiro vencedor do Prémio José Afonso que, segundo a autarquia, tem por objetivo "homenagear um dos mais importantes cantores portugueses do século XX, conhecido pela luta contra a ditadura e pelo célebre tema ‘Grândola Vila Morena’, ícone da Revolução dos Cravos e da Liberdade [25 de Abril de 1974]”.
 
Vitorino, Sérgio Godinho, José Mário Branco, Deolinda e António Pinho Vargas estão entre outros vencedores do Prémio José Afonso.