Pais alertam para más condições de escola na Parede

Os pais dos alunos da Escola Básica 2/3 de Santo António, na Parede, concelho de Cascais, exigem uma solução urgente, do Governo ou da Câmara Municipal, para as "condições degradantes" em que se encontra o estabelecimento de ensino.

Chão esburacado, fissuras nas paredes, placas do teto a cair, falta de estores nas janelas estão a deixar os pais preocupados com a segurança dos alunos.

"Há anos, garantiram-nos que ia ser construída uma nova escola, mas até agora nunca se avançou com essa obra nem nenhuma outra de remodelação e a verdade é que, com o tempo, o risco de haver algum acidente aumenta", afirmou à agência Lusa o presidente da Associação de Pais, Nuno Lopes.

Segundo este responsável, em 2007 a escola de Santo António foi considerada pelo Ministério da Educação como problemática e candidata à construção de novas instalações.

Problemas estruturais no terreno onde está localizada a escola, que até já levou a que parte do edifício cedesse há cerca de oito anos, estariam na origem das prioridades para ter um novo edifício.

Contudo, de acordo com Nuno Lopes, falta de entendimento entre o Ministério da Educação e a Câmara de Cascais terão impedido que a obra avançasse.

"Ainda estamos à espera que alguma coisa seja feita. A escola já tem 40 anos e davam-lhe um período de vida de 25 anos, que já foi largamente ultrapassado. O campo relvado desapareceu, não temos um pavilhão para as aulas de Educação Física e não foi aqui instalado o plano tecnológico, porque estamos neste impasse de se vai ou não haver uma nova escola", contou Nuno Lopes.

A Escola Básica 2/3 de Santo António, na Parede, tem 32 turmas e 700 alunos, dos 10 aos 15 anos.

A Lusa pediu esclarecimentos à Câmara de Cascais, que remeteu o assunto para o Ministério da Educação.

Questionada pela Lusa, fonte do gabinete de Nuno Crato informou que "o acordo de colaboração assinado por anteriores responsáveis do Ministério da Educação, através da então Direção Regional de Educação de Lisboa e Vale do Tejo, e a Câmara Municipal de Cascais, previa o início das obras no prazo máximo de cinco meses a partir da data de assinatura daquele documento, o que não se verificou, pelo que, legalmente, o mesmo caducou".

"Não está prevista, neste momento, qualquer intervenção no estabelecimento de ensino referido", acrescentou.