Pais da EB1/JI Aprígio Gomes protestam pela falta de professores

A associação de pais da EB1/JI Aprígio Gomes, na Amadora, protestou hoje de manhã, em frente à porta da escola, contra a falta de professores e prometeu novas ações até o problema ser resolvido pelo Ministério da Educação.
 
“Temos falta de quatro professores do primeiro ciclo e três do jardim-de-infância”, explicou à agência Lusa Nuno Silva, da Associação de Pais e Encarregados de Educação da EB1/JI Aprígio Gomes.
 
Um grupo de pais concentrou-se pelas 09:00 em frente à porta da escola, durante pouco mais de uma hora, envolvendo o estabelecimento com uma faixa preta, para manifestar o seu descontentamento pela falta de professores.
 
Nuno Silva explicou que, na escola Aprígio Gomes, “das 422 crianças ainda existem entre 150 a 200 crianças sem aulas”, apesar de o ano letivo já ter começado.
 
O protesto deveu-se também à decisão do Ministério da Educação e Ciência de transferir para outra escola, no final da semana passada, dois professores que já tinham sido colocados na escola Aprígio Gomes, acrescentou Nuno Silva.
 
“Estamos a protestar de forma pacífica, para defender as necessidades das crianças de uma forma pedagógica, ao contrário do senhor ministro”, acusou Nuno Silva.
 
A associação enviou uma carta ao ministério a reclamar solução para a falta de docentes e prepara-se para iniciar uma vigília, a partir de quinta-feira à tarde, à frente da sede do Agrupamento de Escolas Cardoso Lopes.
 
“Este início de ano letivo, lamentavelmente, está a ser atribulado. Na quinta-feira faltavam colocar mais de 200 professores no concelho”, afirmou hoje a presidente da Câmara Municipal da Amadora, Carla Tavares (PS).
 
A autarca considerou que o atraso na colocação de professores e educadores “dificulta a organização do ano letivo e a organização das famílias”.
 
“Espero que esta situação seja rapidamente resolvida por quem tem a responsabilidade pela colocação de professores, que é o Ministério da Educação”, afirmou Carla Tavares, que compreende “as preocupações” dos pais e dos responsáveis educativos pela agitação provocada pela demora no processo de contratação de docentes.
 
A título de exemplo, a presidente da autarquia apontou as dificuldades sentidas pelo Agrupamento de Escolas Amadora Oeste, que integra a escola secundária Seomara da Costa Primo, “onde faltavam colocar 41 professores”.
 
Um elemento da direção da escola EB1/JI Aprígio Gomes remeteu esclarecimentos para o Agrupamento de Escolas Cardoso Lopes, mas durante a manhã não foi possível estabelecer contato com este estabelecimento de ensino.