A Lusíadas Saúde indicou hoje que o seu contrato em regime de parceria público-privada no Hospital de Cascais tem contribuído para a poupança de 17,5 milhões de euros por ano ao Estado.
Em comunicado, a Lusíadas Saúde adianta que, simultaneamente, tem sido feito um trabalho para "impulsionar de forma inequívoca a qualidade dos cuidados prestados e a satisfação das populações de Cascais e Sintra", sendo "um privilégio" poder cuidar de milhares de vidas no Hospital de Cascais.
"Em conjunto com a nossa excecional equipa de médicos, enfermeiros, técnicos, auxiliares e restantes colaboradores das áreas clínicas e não clínicas do Hospital de Cascais, mantemos o compromisso de prestar a todos aqueles que procuram os nossos serviços de saúde o melhor atendimento", diz a Lusíadas Saúde, acrescentando que continuará a procurar oportunidades que permitam colaborar com o Governo para incrementar "cuidados de excelência e prosseguir o importante trabalho" que temos vindo a fazer.
A declaração da Lusíadas Saúde surge depois de o ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, ter afirmado não descartar a hipótese de o Hospital de Cascais passar para a gestão pública, mas que, para já, vai avançar um concurso internacional para os operadores privados fazerem uma proposta de valor melhor do que a atual.
Adalberto Campos Fernandes falava à agência Lusa à margem da cerimónia de boas-vindas aos internos do Centro Hospitalar de Lisboa Norte (CHLN), a propósito da notícia de hoje do jornal Público, segundo a qual o Governo vai lançar um novo concurso para gestão do Hospital de Cascais em Parceria Público Privada (PPP).
Segundo o ministro, a Unidade Técnica de Acompanhamento de Projetos (UTAP) do Ministério das Finanças "fez um estudo, bastante detalhado", o qual "recomenda ao Governo que faça um concurso público para avaliar, em condições diferentes, se o mercado, nomeadamente os operadores privados, tem uma proposta de valor melhor do que aquela que existe".
"Isso não invalida que, se no final deste processo, se essas propostas não aparecerem ou se a proposta de valor não for identificada como tal, o hospital não possa integrar a rede pública do Serviço Nacional de Saúde (SNS)", prosseguiu.
Para Adalberto Campos Fernandes, é preciso o Governo "fazer um concurso que seja mais exigente, que seja capaz de eliminar as dificuldades encontradas e potenciar os benefícios identificados".
"Se no final do concurso público essas propostas fizerem sentido entendemos que o interesse público está a ser defendido. Se não aparecerem, a opção que resta será a integração em condições normais no SNS", adiantou.