O candidato social-democrata à Câmara de Sintra, Pedro Pinto, afirmou hoje que irá enfrentar todo o tipo de adversários nas autárquicas deste ano, desde um "falso independente" vindo do PSD a "um CDS" que concorre pelo PS.
Pedro Pinto, deputado e vice-presidente do PSD, fez estas críticas aos "falsos" candidatos independentes nas autárquicas e aos políticos que "andam aos ziguezagues para a esquerda e direita" numa conferência promovida pela JSD/Lisboa.
Sem nunca se referir diretamente ao candidato independente Marco Almeida (vice-presidente do município sintrense, liderado pelo PSD) ou ao fundador do CDS e candidato pelo PS à Câmara de Sintra, Basílio Horta, o vice-presidente do PSD começou por falar sobre os princípios inerentes à ética na política.
"Vamos encontrar adversários que não vão ter postura ética e adversários que pela inexistência de propostas concretas para os municípios vão falar de política nacional, pensando assim que conseguem convencer os munícipes. Mas a minha experiência em Sintra mostra que eles estão bem enganados”, afirmou.
“Em Sintra, tenho de contar com adversários com essas características éticas que chegam de fora do partido, mas também tenho de contar com pessoas com essas características não éticas que vieram do nosso partido", declarou o vice-presidente do PSD, recebendo uma prolongada salva de palmas.
De acordo com Pedro Pinto, quando houve um entendimento para se aprovar no parlamento a possibilidade de candidaturas independentes em eleições autárquicas, esse passo destinou-se a abrir o poder local a movimentos genuínos provenientes da sociedade civil.
"Por falta de ética política, vemos esse espaço a ser preenchido por aqueles que, não tendo sido aceites pelos partidos, se apresentam como falsos independentes nestas eleições. Por falta de transparência, tenho de denunciar essa situação no meu município", disse, recebendo nova salva de palmas da plateia.
O vice-presidente do PSD disse que enfrentará todo o tipo de adversários, incluindo os que andam “com guinadas para a esquerda e para a direita".
"Tenho candidatos do partido que são independentes, tenho candidatos do CDS na sua natureza que concorrem pela lista do PS e, portanto, tudo isso demonstra que a campanha em Sintra vai ser animada e interessante", afirmou com ironia, num discurso em que também defendeu a necessidade de as autarquias assumirem novas competências em áreas sociais.