João Lagos criticou hoje a falta de apoio do Turismo de Portugal ao Portugal Open e as “explicações esfarrapadas” que recebeu para o facto de o maior torneio de ténis português andar “um bocadinho ao sabor da política”.
“Foi-nos recusado esse apoio o ano passado, este ano voltou a acontecer e isto é tudo o que está errado neste país. Há 24 anos que andamos aqui e tivemos sempre algum apoio, no início muito pouco, depois foi-se desenvolvendo, e de repente...”, começou por dizer à agência Lusa o diretor do Portugal Open.
João Lagos revelou que recebeu “explicações esfarrapadas, sem nexo” e defendeu que a decisão do Turismo de Portugal “não faz sentido”.
“As pessoas que lá estão hoje não são mais competentes, nem menos incompetentes que as que estiveram anteriormente. Nem são mais inteligentes, nem menos inteligentes do que os que estiveram para trás”, prosseguiu.
O diretor da prova, anteriormente designada Estoril Open, acredita que, quando se produz “horas e horas de televisão para o país”,os factos são “insofismáveis”, “facilmente avaliados” e não uma mera questão de opinião”, pelo que deveria haver “outro sentido de responsabilidade” por parte da entidade.
“Sou condecorado, tenho os maiores elogios, recebo uma medalha da cidade daqui, de acolá, inclusivamente já fui condecorado com a Comenda da Ordem de Mérito. Tive mérito para me darem essa Comenda há alguns anos e logo a seguir virei de novo um pedinte à procura de apoios e patrocínios para por de pé algo que deveria ser considerado, de uma vez por todas, e não uma vez sim, uma vez não”, argumentou.
Para João Lagos, “esta incerteza é inadmissível”, porque o prestígio e o retorno que cada edição do Portugal Open traz ao país “só acumula, não diminui”.
“Estes eventos deviam ter outro tipo de tratamento, mais regular e não andarmos aqui um bocadinho ao sabor da política”, concluiu.
O Portugal Open realiza-se entre sábado e 05 de maio, no complexo do Jamor.