O diretor do Portugal Open em ténis, João Lagos, traça um balanço "muito positivo" da 24.ª edição do torneio, que contou, ao longo da semana, com 40.323 espetadores e foi visto em “400 milhões de casas”.
Apesar de o orçamento para a realização desta edição do Portugal Open ter contado com uma redução de 30 por cento, João Lagos enfatizou a qualidade do serviço prestado e dos números conseguidos, que, segundo disse, também contrariaram a crise.
"O saldo é extremamente positivo às primeiras impressões. Não baixámos os padrões de qualidade a que nos habituámos e mesmo o público este ano, com toda esta crise, pensei que houvesse uma recessão muito maior", sustentou.
A passada quarta-feira, feriado de 01 de maio, foi a melhor de toda a história do torneio num dia (7.418) e o número de espetadores conseguido no total da semana não desiludiu, bem como a transmissão televisiva do torneio, que foi vista em 400 milhões de lares em todo o mundo.
Com 40.323 visitantes ao longo dos nove dias, o 24.º Portugal Open registou a oitava melhor afluência de sempre da história do torneio.
O recorde continua a pertencer à edição de 2008, ganha pelo suíço Roger Federer, com um acumulado de 53.888.
O Portugal Open, que até esta edição era conhecido como Estoril Open, registou também um balanço "positivo" quanto à mudança de nome.
"Sem dúvida nenhuma que a mudança do nome é positiva. Abdiquei de uma marca para a qual trabalhei durante 24 anos e abdiquei em favor de uma marca mais importante para o país. É mais gratificante para todos que falem em Portugal Open, do que em Estoril", sustentou.
Apesar das dificuldades financeiras para manter o torneio vivo, João Lagos assegurou que o Portugal Open é "imortal".
"Depois de ter feito este, mais difícil é impossível. Para o ano temos bodas de prata e pelas conversas que tenho tido, e o conforto que tenho recebido de muitos setores da economia?,temos mostrado que o Open é imortal", frisou.
Presente na conferência de imprensa para balanço final do torneio esteve também presente o vice-presidente da Câmara de Oeiras, Paulo Vistas, que aproveitou a ocasião para apelar uma maior "disponibilidade" do Governo.
"Fui testemunha da forma distante como o Governo tratou este evento. Espero que, do Governo, haja disponibilidade e capacidade para decidir", disse.
O autarca manifestou ainda o desejo de acabar definitivamente com as instalações "precárias" em que se realiza o Portugal Open e prometeu apoiar a Lagos Sport para a conclusão de um espaço definitivo.