O programa Praia Saudável, que pretende tornar as praias portuguesas mais seguras e acessíveis tendo em conta o que representam para o turismo e a economia portuguesa, foi hoje renovado até 2015.
A renovação do protocolo contou com as presenças da ministra da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território, Assunção Cristas, e do ministro da Defesa, José Pedro Aguiar-Branco.
“Neste momento [são] 155 as praias abrangidas pelo programa Praia Saudável, se olharmos, por exemplo, para as praias que têm o qualificativo das praias com Bandeira Azul estamos a falar de 277, o que significa que Portugal vai fazendo o seu caminho aos vários níveis: ao nível da segurança, do ambiente e da acessibilidade destas praias para todas as pessoas. E isso é muito positivo, porque as praias são um dos belíssimos ativos que o nosso país tem e é por esses ativos que temos de puxar”, afirmou Assunção Cristas, salientando que o programa já decorre desde 2005 e que poderá ser renovado plurianualmente além de 2015.
De acordo com o ministro da Defesa, Aguiar-Branco, o programa é um sinal de que é possível estabelecer “parcerias entre o público e o privado com bons resultados”.
O ministro destacou que “Portugal está no topo dos rankings em termos de segurança nas praias e tem também uma projeção na qualidade de acesso às praias”, o que “é bom para a economia”.
“Pode projetar a nível interno o nosso turismo de uma forma mais reforçada, como também a nível externo pode ser um projeto que pode ser exportado para outros países. Já acontece com a República de Moçambique, o que significa que [este programa] também tem um potencial exportador assinalável”, salientou o ministro.
Em Moçambique, a parceria com o ministério da Defesa português tem ajudado “em termos de vigilância das praias, apoio a tudo o que tem a ver com segurança nas praias, tudo o que pode representar em termos de potencial turístico e formação de nadadores salvadores”.
Por seu lado, a ministra do Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território, Assunção Cristas, destacou que
o programa foi lançado em julho de 2005 e incide nas vertentes segurança, acessibilidade, ambiente e sensibilização.
Em termos práticos, para os cidadãos, foram investidos oito milhões de euros em equipamentos como veículos e motas de salvamento, macas flutuantes, torres de vigia, foi criada uma rede de comunicações móveis simplificada e acessível ao público, que veio facilitar a comunicação entre os postos de praia, Capitanias de Porto, Instituto de Socorros a Náufragos, Bombeiros Municipais e outros locais.
De acordo com o presidente da Fundação Vodafone, a utilização destes meios já permitiram mais de 500 salvamentos.
O investimento tem preocupação também em criar condições de acesso a veraneantes com necessidades especiais, designadamente através de passadeiras especiais e de cadeiras de rodas anfíbias, e também ações de sensibilização dos veraneantes para as questões relacionadas com a segurança, a acessibilidade e a qualidade ambiental.
O programa é desenvolvido pela Fundação Vodafone, pela Direção-geral da Autoridade Marítima/Instituto de Socorros a Náufragos, Instituto da Água, Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade, Associação Bandeira Azul da Europa e Instituto Nacional para a Reabilitação.