Provedora da Misericórdia de Cascais alerta para necessidade de apoiar novos casos de pobreza

A provedora reeleita da Santa Casa da Misericórdia de Cascais, Isabel Miguéis, alertou hoje para a necessidade de uma atenção redobrada aos novos casos de pobreza que apareceram nos últimos dois anos no concelho. 

“Nos dois últimos anos, principalmente, registou-se de facto um acréscimo significativo de pedidos de apoio, sobretudo de famílias em que os rendimentos diminuíram por via de uma das pessoas ter ficado desempregada”, disse à Lusa Isabel Miguéis, sem precisar valores.
A provedora, que hoje tomou posse após ter sido reeleita para o cargo por mais três anos, sublinhou a necessidade de detetar atempadamente os casos de pobreza que surjam.
“A prioridade para estes próximos três anos é acompanhar as famílias, detetar os casos mais graves e acompanhá-los sem que cheguem a necessidades extremas”, afirmou.
Isabel Miguéis, que cumpre a função de provedora da Santa Casa da Misericórdia de Cascais desde 2009, reconheceu que o papel das instituições é cada vez mais importante, numa altura em que os pedidos de ajuda por todo o país aumentam.
Para os próximos tempos, as expectativas são de que o número de pessoas a acorrer à Santa Casa aumente, mas “com estreita articulação que se tem vindo a manter com a Câmara Municipal será possível fazer face a isso”, assegurou.
A cerimónia de tomada de posse da provedora, bem como dos corpos gerentes, decorreu hoje na Igreja da Misericórdia em Cascais, à qual esteve também presente o secretário de Estado da Solidariedade e Segurança Social, Marco António Costa.
“As misericórdias são um pilar estrutural no apoio aos portugueses e às quais o Estado tem realizado diversos programas para reforçar as suas capacidades”, frisou.
O aumento de pedidos de ajuda às instituições faz parte de um “problema nacional” que o Estado, “juntamente com o poder local e a rede social promete combater”, concluiu.