A concelhia de Cascais do PS considerou hoje que a proposta do PSD e do CDS-PP para a fusão de freguesias no concelho, aprovada em reunião de câmara com os votos favoráveis dos vereadores socialistas, é injusta e incompreensível.
Em comunicado, a comissão política concelhia do PS refere que a proposta de agregação das freguesias da Parede e de Carcavelos é "incompreensível" e desadequada perante a realidade do concelho.
Segundo o documento, os socialistas consideram que "as posições erráticas que o presidente [da câmara] tem vindo a adoptar nesta matéria constituem uma fragilização da posição clara e firme que o concelho de Cascais deveria adoptar".
A concelhia socialista considera "preocupante a atitude que o PSD está a adoptar em algumas assembleias de freguesia, nomeadamente na Parede, impedindo que o assunto seja analisado e protelando deliberadamente a sua discussão".
A comissão política do PS afirma rejeitar "fusões avulsas, oportunistas e de mera conveniência desta gestão autárquica", considerando que a proposta do executivo municipal é "injusta para Cascais, que já se encontra bem organizado territorialmente".
A posição da concelhia é contrária à dos vereadores da mesma cor política, que, a 16 de Julho, votaram favoravelmente esta proposta em reunião de câmara extraordinária.
De acordo com a lei da reforma administrativa, o concelho de Cascais terá de ficar reduzido a quatro freguesias, em vez das actuais seis.
Em Setembro do ano passado, o presidente da Câmara de Cascais, Carlos Carreiras, anunciou que iria propor a redução das juntas de freguesia do concelho de seis para quatro até 2013, assim como a fusão de empresas municipais.
No entanto, em Janeiro, Carlos Carreiras adiantou que essa proposta iria ficar "sem efeito", justificando que essa intenção "foi muito mal aceite" dentro do seu próprio partido, o PSD.