O PS Oeiras acusou hoje o PSD e o movimento Isaltino Oeiras Mais À Frente de rejeitarem debater o Plano Diretor Municipal em cada freguesia do concelho, mas os partidos consideram que já tudo foi esclarecido.
O líder de bancada do PS na Assembleia Municipal de Oeiras, Pedro Almeida, disse que o PSD e o movimento independente Isaltino Oeiras Mais À Frente (IOMAD) rejeitaram uma proposta de recomendação para a realização de "debates públicos para disponibilização de informação específica sobre o impacto da revisão do Plano Diretor Municipal (PDM) no território de cada uma das freguesias".
"Depois de atrasos sucessivos no processo de revisão que se prolonga desde 2004, PSD e IOMAF proporcionam assim uma situação lamentável e única no país de não permitir o envolvimento e auscultação dos autarcas de freguesia e das respetivas populações em debates, respeitando uma fundamental lógica de proximidade, sobre o mais importante documento de gestão do território", acusa Pedro Almeida.
A proposta, que mereceu o apoio da CDU, BE, PAN e CDS-PP, foi rejeitada na última reunião de assembleia municipal e o líder da bancada socialista considera a posição do PSD e IOMAF de "irresponsável".
"Ignoraram, irresponsavelmente, que deve caber às autarquias procurar sempre sintonizar as opções urbanísticas com o desenvolvimento harmonioso do território mas também com a vontade e interesse dos que nele vivem e habitam", sustenta.
Contactado pela Lusa, o presidente da concelhia do PSD Oeiras, Ângelo Pereira, considerou que a proposta do PS era "claramente demagógica".
"O processo de revisão do PDM já se arrasta há mais de dez anos. Já houve discussão pública, já houve contributos da população e de outras entidades. O prazo termina dia 29 de junho, portanto, ou aprovamos o documento até lá ou terá de ser reiniciado e isso irá prejudicar Oeiras", justificou,
O presidente da Câmara de Oeiras, Paulo Vistas, também líder do IOMAF, sublinhou que o processo de revisão do PDM "decorreu dentro das exigências legais".
"Politicamente, para o PS e restante oposição, é algo que não lhes agrada, porque é uma vitória, uma grande conquista de Oeiras. Eles tudo fizeram para não fecharmos este dossier e apontar ao presidente da câmara a incapacidade de resolução. Assim não foi. Houve um empenho muito grande e agora temos uma proposta validada que será aprovada", afirmou o autarca.