O PS de Oeiras apresentou hoje, em reunião de assembleia municipal, uma moção para manter a sede da câmara nas atuais instalações, no centro da vila, mas a maioria rejeitou-a.
A moção apresentada surge na sequência da recente aprovação, pela Câmara de Oeiras, da construção do Fórum Municipal, com 15 pisos, que vai permitir concentrar os principais serviços e órgãos políticos e administrativos da autarquia num único edifício-sede, no valor de 35,5 milhões de euros.
De acordo com o deputado socialista Pedro Almeida, o executivo deveria antes "apostar na conceção e concretização de um Plano Estratégico de Revitalização do Centro Histórico da Vila de Oeiras, concentrando e modernizando os espaços dos serviços municipais e conferindo melhores condições aos trabalhadores na respetiva área, promovendo a reabilitação urbana e a dinamização do comércio de proximidade, e recomenda ao executivo que diligencie em conformidade".
Para o PS, os elementos disponibilizados pelo executivo para justificar a construção do novo edifício-sede não são suficientes para "justificar, com credibilidade, a opção em causa".
Além disso, lê-se na moção, o "montante elevado ora implicado criará constrangimentos importantes na capacidade de investimento do município noutros domínios prioritários".
A moção socialista mereceu o apoio da CDU, Bloco de Esquerda, PAN e CDS-PP, mas acabou por ser rejeitada com os votos contra do PSD e do movimento independente Isaltino Oeiras Mais À Frente (IOMAF), que lidera o executivo.
Na reunião de câmara de 24 de fevereiro, o executivo apresentou e aprovou o projeto do Fórum Municipal, uma "ambição já antiga e com mais de uma década de vasto historial técnico e deliberativo" para construir o novo edifício dos Paços do Concelho de Oeiras.
O futuro edifício, da autoria do arquiteto Sua Kay, ficará localizado perto da Rotunda da Fonte Luminosa, na União de Freguesias de Oeiras e S. Julião da Barra, Paço de Arcos e Caxias, numa área total de intervenção de 17.754 metros quadrados.
O Fórum Oeiras permitirá, segundo a liderança do executivo, presidido por Paulo Vistas, obter "melhorias consideráveis nas condições do atendimento ao público e do funcionamento dos serviços", assim como a "redução dos seus custos operacionais", por permitir a poupança de tempo e menores custos de deslocações.
A estimativa de custo da obra é de 33,5 milhões de euros para a construção do edifício mais dois milhões de euros para a zona exterior e ainda não estão definidos os novos usos dos atuais Paços do Concelho.